Crédito da foto: Ricardo Fernandes/Spia Photos
Antes de a bola rolar para a primeira partida da final do Pernambucano, estava claro o cenário. O Sport tem um time mais qualificado tecnicamente do que o Náutico. Porém, o momento favorecia o time alvirrubro. Numa decisão, os dois cenários mostram equilíbrio entre as duas equipes. Pelo lado do Sport, a superioridade técnica fazia o Leão ter vantagem. No Náutico, o time vinha embalado de 18 partidas sem perder. Ou seja, a circunstância deixava tudo igual. Mas, na prática, o Leão fez valer sua superioridade técnica e abriu uma vantagem importante para levantar a taça.
O equilíbrio entre as duas equipes desapareceu no primeiro tempo de partida. O Sport foi melhor. O técnico Guto Ferreira mandou a campo a mesma equipe que havia superado o Salgueiro. O time não foi um primor em campo, mas soube anular o setor ofensivo do Timbu. Thiago, Robinho e Odilávio foram peças inexistentes em campo. O que faltou ao Sport na primeira etapa foi mais precisão no arremate. O Leão teve chances para balançar as redes. Luan foi o primeiro a perder uma boa oportunidade. Depois, Adryelson. Charles, já no final, perdeu a chance mais clara.
Onde estava o Náutico confiante que o torcedor estava acostumado a ver? Não entrou em campo. Foi um time muito acanhado e que aceitou a marcação imposta pelo Sport. A saída de Danilo Pires foi algo inexplicável. Se não tem qualidade para marcar, pelo menos armaria o jogo ofensivo. Algo que o Timbu não teve. E precisou muito. No segundo tempo, Márcio Goiano acionou Wallace Pernambucano no lugar do apagado Odilávio. A mudança deu um pouco mais de força para o Náutico atacar, mas pouco produziu. O Sport segurou um pouco mais o ímpeto, esperou mais o adversário. Em suma… o jogo ficou chato, chato.
Mesmo com a queda de ritmo, o Sport se mostrava mais inteiro no jogo. Tem um time mais compactado, experiente. Parece não se abater com as circunstâncias da partida. Entre os alvirrubros, a ansiedade atrapalhou qualquer tipo de construção ofensiva. Não havia quem armasse no Náutico. O Leão teve duas chances para marcar. Uma delas, fez. Aos 35, Bruno deu rebote, Sander aproveitou para bater cruzado para a área e Ezequiel mandar para as redes. O Sport abriu uma vantagem importante que o Náutico não conseguir reverter.
Sander estava impedido no lance que originou da vitória? Sim, sem dúvidas. O lateral rubro-negro estava à frente da zaga alvirrubra. Isso ficou claro. Mas isso não apaga a superioridade técnica rubro-negra. O Sport foi um time inteiro e mais disposto a buscar a vitória. Enquanto o Náutico parecia um time com receio de buscar os três pontos. Nas partidas anteriores em que somou a sequência de invencibilidade, superou as suas limitações. Contra o Sport, ficou preso a elas e não teve volume ofensivo para conquistar a vitória.
E agora, qual o panorama para o segundo jogo? Favoritismo completo para o Sport. Joga em casa, tem a vantagem do empate e, como ficou claro, tem um time superior tecnicamente ao Náutico. É impossível o Náutico vencer? Claro que não. O impossível não existe na vida, muito menos no futebol. Mas, o Timbu vai ter que jogar muito, mas muito mais do que jogou dentro de casa. E durante os dias que antecedem à partida, vai precisar se recuperar bem emocionalmente do baque que interrompeu a sequência de 18 jogos sem derrotas. A última havia sido no dia 27 de janeiro. Contra… o próprio Sport.