Foto: Ricardo Fernandes/@Spia Photo
Quando vejo a Argentina em campo, lembro muito do futebol brasileiro: um jogador que se destaca tecnicamente e que se deposita uma grande responsabilidade em resolver a situação. Os demais da equipe, jogadores de similar qualidade técnica e que não resolvem muita coisa. E tanto no Brasil quanto na Argentina, Neymar e Messi jogam um futebol mais qualificado e com resultados mais significativos em seus clubes. Nesta noite, os argentinos enfrentaram os paraguaios. No placar, um 1×1. Bem movimentado, mas fraco tecnicamente. E ruim para a pretensão de ambos.
Em campo, duas equipes que vinham de uma primeira rodada frustrante. O Paraguai empatou com o Catar, em 2×2, após abrir vantagem de 2×0. Já a Argentina perdeu para a Colômbia, por 2×0. Se esperava um jogo aberto, mas não passou de esperança. O Paraguai manteve sua proposta de se fechar e buscar os contra-ataques. O que pouco aconteceu. Pelo lado argentino, pouca inspiração. Com Messi bem marcado, a seleção não tem um cérebro no time que possa abrir os espaços e ser mais agressivo.
Nos 45 primeiros minutos, quase que não havia chute a gol. Só aos 36 minutos, Sanchez pegou bem na bola e acertou o canto do goleiro Armani. Os paraguaios na frente e aquele gostinho de tabu quebrado: afinal, o Paraguai nunca venceu a Argentina em Copa América. E foi assim que terminou o primeiro tempo.
Na volta, a Argentina foi uma equipe mais disposta a furar o bloqueio paraguaio. Enfim, Messi tomou uma postura mais ativa, partindo para cima com a bola dominada. E no primeiro lance, bola no travessão, boa defesa de Gatito Fernandez e o VAR em ação: arbitragem viu mão do zagueiro do Paraguai. O arbitro Wilton Pereira de Carvalho confirmou pênalti. Messi bateu e empatou. A Argentina cresceu. Só que o zagueiro Otamedi fez um pênalti bobo em Derlis Gonzalez. Outro pênalti, que o próprio Derlis bateu e Armani defendeu.
Pronto… a partir daquele momento, a partida ganhou dose de emoção porque a Argentina voltou a acreditar que poderia virar a partida, enquanto o Paraguai sentiu o golpe: um gol sofrido, um pênalti desperdiçado. Mas aí, Messi tentou levar o time à frente. Mas é aquilo que falei lá no início do texto: falta mais qualidade ao conjunto argentino. Só Messi é capaz de resolver. E ele hoje apresentou bons e maus momentos. Enquanto o Paraguai voltou a se fechar e tentar os contra-ataques. Sem sucesso. O 1×1 acabou sendo justo para as duas seleções.