Foto: Ricardo Fernandes/ @spiaphoto
O Náutico fez contra o Santa Cruz, na rodada passada da Série C, um clássico equilibrado. Num vacilo, perdeu o jogo. Mas o Timbu tinha uma oportunidade boa para se recuperar da derrota para o Tricolor: dois jogos seguidos em casa. Mas justamente no primeiro duelo, já vacilou de novo. Diante do ABC-RN, equipe que está na luta contra o rebaixamento, o Náutico ficou apenas no empate em 1×1. E o que se ouviu após a partida? Vaias e mais vaias. O Timbu precisa abrir o olho.
O primeiro tempo foi truncado. Como se esperava. Comandado por Roberto Fernandes e em situação complicada na Série C, o ABC começou fechadinho, fechadinho. E foi no contra-ataque que o time potiguar fez o goleiro Jéferson trabalhar, num perigoso chute de Dione. O Timbu só conseguiu perigo numa bola cruzada na área que Wallace Pernambucano cabeceou e Saulo defendeu. Dois minutos depois, Tiago desviou um lançamento e Saulo aceitou: 1×0 para o Náutico.
E assim terminou a primeira etapa. O Timbu com vantagem deveria dar uma maior tranquilidade para os jogadores alvirrubros. Mas o que o time não esperava era o ABC mais solto na segunda etapa. Roberto Fernandes não fez mudança alguma na escalação durante o intervalo. Mas certamente puxou a orelha do time. Porque o ABC imprimiu a velocidade no toque de bola. E bastaram três minutos para Jéferson ser obrigado a fazer nova defesa para evitar o gol.
O Náutico voltou para o segundo tempo acomodado na vitória parcial. Esperou o ABC na defesa para tentar o contra-ataque. O problema que não encontrou espaços. Wallace PE e Tiago eram as peças ofensivas mais importantes. Mas o time conseguiu ter a posse de bola até fazer o gol de empate, aos 11 minutos, numa cobrança de falta de 14 minutos.
Se estava ruim para o Náutico, ficou pior após o empate do rival. Isso porque o time alvirrubro sentiu o gol. Sem conexões entre os setores defesa, meio campo e defesa, o Timbu não teve mais lucidez em campo. Impressionante como a equipe não conseguiu criar. Perdeu a confiança. Gilmar fez mudanças: Waguinho no lugar de Jhonnathan, Neto Pessoa na vaga de Luiz Henrique e Rafael Oliveira no de Matheus Carvalho. Valeu pela boa vontade de mudar a postura do time. Mas ficou na boa vontade.
No último lance do jogo, a prova de que a fase não está boa mesmo. Aos 47, William Simões cruza da esquerda e Wallace Pernambucano sobe sozinho, do jeito que ele gosta. Sem marcação, quase na linha da pequena área, cabeceia para fora. Uma chance dessa mostra que o time está perdendo a confiança. Tá na hora de abrir os olhos, Timbu!