Charles fez o segundo gol da vitória do Sport, por 3×1, sobre o Operário-PR/Foto: Anderson Stevens – assessoria do Sport
Venho falando aos amigos rubro-negros que esse time do Sport é difícil fazer qualquer prognóstico. Quando você pensa que o time vai engrenar com tudo, ele se enrola, joga mal e consegue resultados importantes na base da sorte, da fragilidade dos adversários ou nos minutos finais. Como também, por conta dessa irregularidade, também deixou escapar pontos preciosos devido a esses vacilos.
Talvez seja cobrar demais de uma equipe que só perdeu três partidas nessa Série B. É um feito raro pelas bandas da Ilha do Retiro. Não lembro de quando o Sport fez uma campanha com tão poucas derrotas. Mas a cobrança se deve ao fato de um ter um potencial para voar nessa competição. Falo sério. Porque a Série B 2019, tecnicamente falando, tá bem abaixo dos anos anteriores.
Bom, mas vamos ao jogo do sábado, na Ilha do Retiro. Leão com a força máxima. Operário-PR com algumas mudanças. Aliás, o Sport também teve mudança. Mas por opção do técnico: Adryelson perdeu a vaga na zaga para Éder. O time rubro-negro foi senhor das ações sem fazer esforço. Alternando jogadas pelo lado esquerdo e direito, o time paranaense quase não incomodou a defesa do Leão. O Sport terminou a primeira etapa com a vantagem mínima. Gol do artilheiro Brocador.
No segundo tempo, o Sport manteve o ritmo. Foi para cima. Só que explorando os lançamentos de longa distância. Num deles, Hernanes passou para Leandrinho, que mandou a bomba no travessão. Eita que tava tudo dominado mesmo. Parecia uma vitória acachapante. Até que a zaga do Leão vacilou e Éder fez pênalti no meu xará! Pra completar, Éder foi expulso. Marcelo cobrou e empatou.
A partida mudou de figura. O Sport ficou nervoso e permitiu o crescimento do Operário, que à aquela altura já contava com Jean Batatinha em campo (que antes do gol de empate, já havia mandado uma bola no travessão). Mais veloz, o time de Ponta Grossa passou a jogar melhor. A atmosfera na Ilha do Retiro cheirava a apreensão.
Até que uma falta na intermediária mudou o clima. Pedro Carmona “chuveirou” e Charles deu aquela casquinha, tirando a bola do alcance de Rodrigo Viana e mandando para as redes: 2×1. O Operário lançou-se para o ataque. E dois minutos depois, Hernanes mandou para Guilherme invadir a área, dá um corte seco no marcador e bater sem ângulo. 3×1 e vitória sacramentada.
Vejam a reviravolta do Sport para ganhar uma partida que parecia ser fácil. Mas o futebol é assim mesmo. Tem que ter emoção. Com o triunfo, o Leão segue firme e forte no G-4. E vai sedimentando sua vaga na elite do futebol brasileiro em 2020.