Foto: Confut/Instagram Oficial.
Por Daniel Schvartz
Nos últimos dias 07 e 08 de novembro, foi realizada a Primeira Conferência de Futebol do Nordeste (Confut), no empresarial JCPM, no Recife. O evento reuniu representantes de diversas áreas e de vários clubes do país. A região Nordeste foi a mais representada, mas os debates não tiveram fronteiras.
Alguns temas como Gestão de Futebol, Direito Desportivo, Finanças e Marketing reuniram nomes consolidados do mercado, como Jorge Avancini, diretor de marketing do Internacional por 10 anos, e Marcos Motta, advogado e representante de atletas como Neymar e Gabriel Barbosa, o Gabigol.
Alguns cases recentes como o do Bragantino, que recebeu um alto investimento da empresa Red Bull, e a Liga do Nordeste, responsável pela Copa do Nordeste, foram mostrados e surpreenderam o público pelo nível de organização, planejamento e seriedade com que seus trabalhos estão sendo realizados.
Eu poderia continuar citando diversos momentos marcantes e nomes importantes que subiram ao palco. Mas, temos que focar no mais importante. A Confut cumpriu seu objetivo. Todos os presentes estavam ali por um propósito maior: discutir ideias e ações para a melhoria do futebol da região e, logicamente, do Brasil. Tentar criar uma relação ainda maior entre as lideranças de cada clube, que já partilham de um sentimento de respeito e união entre si. Mostram que a rivalidade fica apenas dentro dos gramados.
As palavras “planejamento” e “gestão”, provavelmente, foram as mais repetidas nos dois dias. Não foi uma surpresa para mim e acredito que pra ninguém no auditório. Mas, foram mostradas soluções (ou possíveis) e elas precisam ser colocadas em prática. A fala de Thiago Scuro, executivo do Bragantino, foi muito importante nesse aspecto. Ele disse o seguinte: “Hoje se fala muito em clube/empresa, mas de nada adianta se não ocorrer uma mudança de pensamento de quem faz o clube”.
Acredito que essa frase foi perfeita. Os clubes não precisam virar empresas. Eles precisam mudar a forma como fazem o futebol. Precisam de pessoas preparadas e capacitadas para isso. E claro, é preciso que as federações locais trabalhem em conjunto com eles, não só a favor da CBF. O futebol brasileiro precisa evoluir e a Confut mostrou que vai fazer parte desse processo. Já está fazendo. Parabéns a Arthur Lobo, Marcelo Bandeira e todos os organizadores. Foi uma honra ter participado de um evento tão grandioso para o nosso futebol. Até o ano que vem!