Para o Santa Cruz era vencer ou vencer o Botafogo-PB, no Arruda, na noite desta quinta-feira. A situação na tabela da Copa do Nordeste e o Tricolor precisava do algo mais para conseguir o triunfo. E mostrou esse algo mais: raça! A equipe saiu de campo, após 90 minutos de partida, com uma vitória inquestionável por 3×0. E olhe com um jogador a menos durante quase toda a partida.
Aos 18 minutos de partida, a arbitragem marcou pênalti a favor do Santa Cruz. Lance duvidoso, mas que Pipico nem quis saber. Bateu e guardou. A presença de Pipico foi uma surpresa, já que era dada como certa sua ausência na partida. Mesmo longe dos jogos do Tricolor há alguns jogos, ele deixou sua marca.
Parecia que o Santa Cruz deslancharia, só que o árbitro expulso Didira, num lance que revoltou os jogadores corais, inclusive o técnico Itamar Schulle, que foi expulso. A partir daí, o Tricolor se fechou na defesa. Mas não se entregou no jogo.
Esse é o ponto a se destacar. O Botafogo ganhou espaços para jogar e foi para cima. Mas esbarrou na defesa bem postada do Tricolor. Nas vezes em que a bola passou pela defesa, Michael Clayton tava atento. Num dos lances, fez uma defesa em cima da linha.
O Santa Cruz teve controle emocional para segurar o time paraibano. Inteligência para saber a hora e a forma de aplicar os contragolpes. E encontrou em Jeremias o artilheiro da noite. Foi dele os dois gols que sacramentaram a vitória por 3×0, tiraram a invencibilidade do Botafogo e deixou o Santa Cruz vivo na luta pela classificação da Copa do Nordeste.