Foto: Anderson Stevens/Assessoria do Sport
Assim como em 2014, a Copa do Nordeste terá uma final entre o futebol cearense e pernambucano. O Sport marca presença novamente. O adversário será outro, o Fortaleza. Dois jogos para definir com quem fica o título. O Tricolor do Picí vem forte desde o ano passado. O Leão cresceu nas últimas duas partidas, mudou a atitude e também chega com poder de fogo. Decisão que promete parar as duas cidades.
O Sport conseguiu a classificação à final da competição mostrando um futebol ofensivo que há tempo não via diante de um CRB-AL que ficou atônito. Se contra o também CSA, nas semifinais, o Leão foi uma equipe apática, diante do alvirrubro alagoano, a história foi bem diferente. Velocidade, boa variação de jogada ofensiva, conexão defesa e ataque, alas aparecendo bem na frente, objetividade… Tudo isso sem esquecer de marcar o adversário.
O time traduziu o melhor futebol em gols. E quem brilhou foi Parraguez Búfalo. O homem fez dois gols que abriram uma boa vantagem. O atacante fez o gol no melhor estilo de centroavante: vacilou, mandou para as redes. No primeiro, aproveitou o belo cruzamento de Rafael Thiere. No segundo, uma bela assistência de Juba para o Búfalo tocar na saída do goleiro. Festa na Arena de Pernambuco, classificação nas mãos.
No segundo tempo, a história foi outra. O CRB mudou a história. O técnico Marcelo Cabo fez mudanças no meio de campo e ataque no intervalo e a equipe passou a ter o comportamento parecido com o que o Sport teve no primeiro tempo.
Coisas curiosas que eu não consigo entender no futebol. Eu não creio que o Sport recuou de propósito. Resolveu tocar a bola e esperar o CRB sair para o jogo, já que isso seria natural acontecer para quem estava em desvantagem no placar. Acredito que o Leão não esperava que os alagoanos fossem ao atacante com tanta velocidade, movimentação. Dominou a segunda etapa até fazer o gol numa pela jogada pela esquerda que Anselmo Ramon finalizou com sucesso.
O time alagoano mereceu o gol, vivia um melhor momento na partida. O Sport deu espaço no meio de campo, não tinha mais a posse de bola. Mas tem um detalhe importante nessa mudança de comportamento do Leão: a consolidação de jogadores que chamam a responsabilidade, que são a referência da equipe. O Búfalo evoluiu para balançar as redes. Mas quem se tranformou no “cara” do Leão é Luciano Juba.
Quem diria que Juba, que apareceu timidamente na lateral da equipe, passasse a jogar como meia por conta de situações de jogo, e se transformasse em atacante letal do Leão. É o melhor jogador da equipe, sem dúvidas. E ele não fugiu dessa responsabilidade. Quando o CRB estava melhor, o atacante pegou a bola na intermediária e não pensou duas vezes mandar o balanço, sem chances para o goleiro. 3×1 e passou a régua.
O adversário do Sport será o Fortaleza que está invicto na competição. No sábado, o Tricolor do Picí não precisou jogar bem para superar o Náutico, por 2×0. Foi um jogo bem disputado, mas tecnicamente fraco. Porque se os donos da casa mostravam futebol burocrático, o Náutico errava tudo que tentava fazer, especialmente porque o seu melhor jogador, Jean Carlos, estava apagado em campo.
Claro que o torcedor alvirrubro está chateado com a eliminação do Timbu. Mas vamos combinar que a equipe foi até mais longe do que se esperava. O Náutico passou pelo Botafogo-PB se arrastando, sem um futebol, no mínimo, convincente. Ficou evidente a necessidade de reforços e de opções para tirar das costas de Jean Carlos a responsabilidade de levar o time ao ataque.
Os jogos entre o Rubro-negro pernambucano e o Tricolor cearense estão marcados para acontecer na próxima quinta-feira, dia 31, no Recife, e no domingo, dia 3 de abril, em Fortaleza.