Foto: Bela Azoubel
Diria o poeta Fernando Pessoa… Viver não é preciso, navegar é preciso. Na Série B, o Náutico vivia a circunstância de “jogar não é preciso, vencer é preciso. E foi numa toada dessa que o Timbu encarou o Novorizontino, nos Aflitos. Parecia estar mordido pela sequência de maus resultados e, especialmente, os erros da arbitragem. Tanto que precisou do primeiro tempo para construir a vitória: fez 3×0. Só no segundo tempo diminuiu o ritmo viu os paulistas diminuírem o placar.
O Novorizontino havia chegado nos Aflitos cheio de moral. Havia vencido o Vasco na rodada anterior. Tirou a invencibilidade do clube carioca. Mas, diante do Timbu, não encontrou brechas. E muito do triunfo se deveu à atuação do Richard Franco. O volante paraguaio está numa fase brilhante. Força, boa visão de jogo, sempre bem colocado e com a confiança que o faz ser ousado.
Logo aos 2 minutos, ele já estava lá no ataque, aproveitando rebote da defesa adversária e abrindo o placar. Embalado com a torcida do Náutico tinha a posse de bola e não fazia cerimônia para ir ao ataque. Aos sete, Pedro Vítor fez o segundo gol. Quando o Novorizontino acordou para vida, o Timbu tinha uma ótima vantagem e estava com sede de gols. Ricard Franco faz um belo gol no final da primeira etapa. O Novorizontino melhorou um pouco no segundo tempo, mas só deu para fazer um gol, com Cléo Silva.
Por fim, não poderia deixar de falar sobre o clima de despedida do meia Jean Carlos. Durante a semana, já falava-se muito sobre a possível negociação do atleta com o Esteghal, do Irã. Ao final da partida, Jean Carlos, concedeu entrevista à imprensa chorando, já deixando claro que sua saída dos Aflitos é questão de dias. Perda grande para o Timbu, que mesmo saindo da zona de rebaixamento da Série B, ainda está numa zona perigosa.