O Náutico está na lanterna da Série B e numa diferença de nove pontos do Novorizontino, que é a primeira equipe fora da zona de rebaixamento. E qual é o discurso do técnico Dado Cavalcanti nessa reta final de competição? De otimismo, claro. Dado, assim como um advogado que precisa livrar seu cliente de um pena máxima, se apega a qualquer detalhes para que a esperança sobreviva e exista oxigênio para que a luta continue.
“Não podemos nos entregar porque ai fica mais fácil para os adversários. Muitos também estão passando por um momento que também não é bom e vêm com dificuldades em termos de pontuação. Mas vamos seguir pensado jogo a jogo. Temos que vencer e depois vamos ver onde essa vitória nos levou”, avalia.
O problema que o Náutico cometeu muitos pecados. E corrigir agora é praticamente um milagre. Dado Cavalcanti trabalha o emocional mais do que qualquer outra coisa com o elenco. Sabe que só um milagre livra o Timbu da queda à Série C. Não tem essa de matemática: é vencer seus seis adversários e secar outros. Difícil acreditar numa equipe que, em 32 partidas, só venceu sete. Mas Dado Cavalcanti, como um comandante de uma equipe abatida, precisa seguir a linha de que milagres só acontecem para quem acredita neles.
Na noite desta terça-feira, o Timbu encara a Tombense, em casa. Seria um fator importante atuar em casa, diante de um adversário, que está no meio da tabela. Mas até nos seus domínios o time alvirrubro não agrada. E olhe que a torcida vem apoiando. Em 16 partidas nos Aflitos, venceu apenas cinco.
Foto: Assessoria do Náutico