Lamentável tudo o que aconteceu na partida Sport x Vasco, na Ilha do Retiro. Todo clima que havia antes de a bola rolar foi sensacional. As torcidas das duas equipes só falavam da partida, clima de decisão, classificação pegando fogo, estádio lotado… E tanto Sport quanto o Vasco faziam uma partida digna de decisão: tensa, bem disputada, com forte marcação e adrenalina… Mas tudo foi estragado pela invasão da torcida.
É claro que a atitude dos torcedores rubro-negros foi influenciada pela provocação feita por Raniel, que ao marcar o gol de empate dos vascaínos, foi comemorar diante da torcida do Sport, provocando, inflamando, “pedindo silêncio”. Não havia cabimento para isso. Mas nada justifica, nada mesmo, o que a torcida fez. Arrombou o portão, tentou agredir o jogador vascaíno. E um torcedor agrediu uma profissional que estava exercendo sua função na Ilha do Retiro. Onde vamos parar, hein?
Antes do Vasco fazer o gol, o Sport fazia uma boa partida e aberto o placar, com Labandera. O duelo estava equilibrado. O time carioca não vinha encontrando brechas para invadir a área rubro-negra e só conseguiu a possibilidade do gol graças a mais uma falha do goleiro Saulo. Havia jogo pela frente. Então, para quê violência. Vejam bem, por ter tirado a camisa e provocado a torcida, Raniel foi expulso. Está na súmula produzida pelo árbitro Rafael Klaus. Assim como meia reserva Luiz Henrique.
Mas depois de tanta confusão, com invasão daqueles que se dizem torcedores, mas na verdade são baderneiros, Klaus também relatou falta de segurança no estádio. Motivo alegado pelo Vasco para não voltar ao jogo. Tem como dizer que os vascaínos estão errados? Não. O árbitro fez seu papel. Faltou apenas fazer o que é de praxe: voltar a campo, chamar os capitães e encerrar a partida. No entanto, relatou tudo o que vimos na súmula. E o empate, que já não era o resultado ideal, ficou ainda mais indigesto para o Leão, que deve sofrer severa punição nessa reta final da Série B.