Por: Antônio Botelho
Em época de Copa do Mundo, os apaixonados por camisas tem um motivo, além do próprio futebol, para ficarem grudados nas telinhas: os padrões usados pelas seleções. São muitos detalhes a serem observados, seja de layout, templates, cores, grafismos e inovações apresentadas na Copa. É época de assistir todos os jogos, desde os hinos, para vislumbrar as belezuras (ou não!) que desfilam nos campos!
Vale salientar que gosto é pessoal e a discordância desse mero colecionador e amante de camisas é salutar. Dito isso, vamos lá.
Deixaram a desejar
1º padrão da Holanda, Alemanha e Argentina. Pelo simples fato de ser muito difícil de deixar essas camisas feias, contudo, as 3 ficaram estranhas para essa Copa.
A da Holanda, padrão 01, me parece que a fornecedora esqueceu de pintar a camisa, faltou o “suco da laranja mecânica”, faltou bateria, e de repente a camisa da Holanda tá parecendo uma camisa meio sem cor, quase amarela.
A Alemanha, padrão 01, tem uma faixa preta grosseira e uma gola com costura fina como detalhe. Mudanças que tiraram a beleza e simplicidade da camisa Alemã.
Já a da Argentina, padrão 01, na tentativa de inovar, pegaram a listra do meio da parte de trás e retaliaram. Ficou no mínimo esquisita.
Inovação
Positivo e Negativo: Argentina, padrão 02, e Bélgica, padrão 01. Ambas tentaram inovar colocando umas chamas nos uniformes.
A Argentina mexe em sua totalidade e inclusive na sua tonalidade, até mesmo do símbolo, o que me chamou muito a atenção pela inovação.
Enquanto que a Bélgica, apenas colocou umas chamas nas mangas, de resto é muito básica, não me chamou a atenção.
Mais do mesmo
1º padrão da Espanha e México. Ambas não decepcionaram, nem inovaram, fizeram o básico.
A mais sem graça da Copa: A Dinamarca foi o padrão mais sem graça e sem sal da Copa, deixando as camisas, 1º e 2º padrão, todas lisas. Mas descobri que foi por uma boa causa, visto que ela escondeu o escudo pois não queria ser visível em um torneiro que custou a vida de milhares de pessoas, entretanto a FIFA obrigou a colocar a bandeira do país no centro do peito.
Decepção
2º padrão da Espanha. Pra mim foi a camisa mais decepcionante da copa, pois adotou um tom de azul claro que não combinou com a “La Furia”. Poderiam ter utilizado o tom de azul escuro que jogaram e foram campeões em Joanesburgo, na África do Sul.
A mais elegante
Inglaterra. O 1º padrão é branca com tons de azuis relembrando os tempos de destaque dos ingleses. Enquanto que o 2º padrão é o já conhecido padrão vermelho com a velha gola polo. Ambas camisas ficaram bastante elegantes.
A que nunca decepciona: Nigéria. Os 02 padrões da Nigéria sempre ficam entre as queridinhas dos colecionadores de camisas de futebol. É tanto que no mundial de 2018 vendeu mais de 3 milhões de camisas, um número bem expressivo para uma seleção que nunca foi campeã do mundo. A aceitação e beleza das camisas da Nigéria é certa desde as olimpíadas de 1996 no fatídico jogo em que venceu o Brasil com gol de Kanu, naquele 4×3.
A mais ousada
2º padrão do Brasil. A camisa possui referências da fauna brasileira, utilizando a onça-pintada como maior fonte de inspiração para os uniformes. O “animal print”, que é uma tendência de moda mundial, ficou mais evidente nas mangas da nossa camisa azul.
O sonho de consumo
1º padrão do Brasil. É o sonho de consumo de toda criança do mundo (desde as pequenas até as já velhinhas). Ela é rica em detalhes na gola com bandeirinhas, detalhes nas mangas e os detalhes da onça no tecido. Além do que, ousou no tom de amarelo, que é diferente do comumente utilizado, a cor verde dos números e detalhes do meião também chamam bastante a atenção com intuito de acender ainda mais nossa paixão pelo esporte…
*Antônio Botelho é advogado, empresário e colecionador de camisa de futebol.
Foto: Divulgação / Adidas