Crédito da Foto: Instagram do Fluminense
O Santa Cruz foi para o Rio de Janeiro esbanjando confiança para pegar o Fluminense, pela Copa do Brasil. Tinha de ser. Depois daquela classificação para a semifinal do Nordestão, contra o CRB, de forma dramática, o time pegou embalo e passou por cima do ABC-RN. O Tricolor ganhou músculos para pegar o também Tricolor carioca. Mas no Maracanã, a atuação foi pífia. O Santa Cruz foi só um esboço de time e saiu de campo com a derrota por 2×0. Diante do que se viu em campo, a equipe pernambucana saiu no lucro.
Jogando fora de casa, seria lógico imaginar o Santa Cruz marcando forte o adversário, não dando espaços mesmo, “comendo grama” e até gastando o tempo. Mas o que se viu no primeiro tempo foi um Santa Cruz sonolento. E pior do que isso, aceitando a sua inferioridade técnica. O time de Leston Júnior assistiu o Fluminense jogar. Antes mesmo do primeiro minuto, a equipe carioca já estava na cara do goleiro Anderson. “Ah, isso era só início do jogo. Foi até bom acontecer logo para a equipe acordar”. Poderia até pensar o torcedor. Mas foi assim o primeiro tempo inteiro. O Fluminense construiu 2×0 como se estivesse treinando.
Para o segundo tempo, o técnico Leston Júnior fez logo uma mudança: tirou o lento Alan Dias para a entrada de Diego Lorenzi. Alan é aquele volante que joga um pouco mais avançado e que, na teoria, deveria ajudar na armação das jogadas. Mas ele nem faz uma coisa, nem outra. Se alguém souber sua função no time tricolor, por favor, deixe comentário. Lorenzi é marcador de fato. E se o treinador, vendo o time perdendo, coloca um volante, é porque a situação estava brabíssima.
Podem até dizer que o Santa Cruz melhorou. Mas, na verdade, o time pernambucano apenas se ajustou na defesa e o Fluminense diminuiu o ritmo. A equipe do técnico Fernando Diniz viu que não precisava tanto esforço naquela situação. O adversário já estava abatido. Mesmo assim. O Flu criou. Chegou até a fazer o terceiro gol, mas a arbitragem anulou erradamente. Já o Santa Cruz, durante toda a partida, só finalizou uma vez. Luiz Felipe arriscou e o goleiro Rodolfo pegou sem dificuldade.
A derrota no Maracanã dói. No entanto, a falta de atitude é o que mais incomoda. Jogar fora de casa numa primeira partida “mata-mata” sem o mínimo de marcação é algo inexplicável. Fica a sensação que boa parte dos jogadores sentiram emocionalmente o peso do jogo. A falta de vibração ficou notória desde o primeiro minuto de jogo. E o Fluminense tirou proveito sem fazer esforço. Agora, a situação está para lá de complicada para o Santa Cruz.