Ídolo da torcida do Sport, Magrão não começou bem a temporada. Falhou na estreia da equipe no Campeonato Pernambucano, diante do Flamengo de Arcoverde. O Leão perdeu por 3×2. Em seguida, diante da Tombense, foi responsável direto por dois dos três gols sofridos pelo time na derrota por 3×0, que resultou na eliminação do Sport na Copa do Brasil. Logo em seguida, falhou na derrota para o Santa Cruz, no Arruda. Queda de Milton Cruz e crise na Ilha do Retiro.
Quando Guto Ferreira chegou para assumir o comando do Sport, Magrão foi colocado na reserva. Mailson assumiu a titularidade. Logo veio a pergunta: está na hora de Magrão se aposentar? Só quem tem a resposta é o próprio Magrão. Ninguém pode definir o destino de ninguém. Na partida do Sport contra o Bragantino, muitos se espantaram com o fato do ídolo leonino não ter viajado com a equipe. Luan Polli estava no grupo. Segundo a diretoria, em comum acordo com Magrão, haverá rodízio dos goleiros reservas durante as viagens.
Nos últimos anos, todas as vezes que se levantava a hipótese da aposentadoria de Magrão, ele mostrava um poder de reação incrível. E calava a boca de quem duvidava da sua capacidade. Mas, ao mesmo tempo que eu ficava impressionado com suas reviravoltas, me questionava também: será que Magrão sabe a hora de parar? Será que ele se preparou para isso? Isso é preciso. Não é fácil encerrar a carreira que vem dando certo e que é referência para muita gente. Basta ver que Magrão não é apenas um ídolo do Sport, mas também de todo um Estado.
O fato de aceitar não ir para todas as viagens talvez seja o sinal de que ele já tem um plano para o seu futuro. Nada mais natural. Afinal, o tempo não poupa ninguém. Mesmo chateado com a reserva, Magrão não criou problemas. Treina diariamente como se fosse titular, comemora cada defesa de Maílson como se fosse sua e está seguindo sua vida no clube que o ajudou a ganhar projeção nacional. Acredito que ele ainda tem muito o que contribuir para o Sport. Como seria essa contribuição e até quando? Só Magrão pode responder.