Foto: Ricardo Fernandes/ Spia Photos
O técnico Gilmar Dal Pozzo chegou motivado. Não tem essa de ver o Náutico jogar das cadeiras dos Aflitos. Ele vai para beira do gramado na partida contra o Campinense, na noite desta quarta-feira, em partida válida pela seletiva do Nordestão 2020. A bronca não é pequena. O treinador começa seu novo ciclo no Timbu encarando uma partida de atmosfera decisiva. Além disso, o time está em desvantagem. A partida começa com o rubro-negro de Campina Grande tendo a vantagem de jogar pelo empate, já que venceu a primeira partida por 2×1.
Dificuldade é o que se prevê no Náutico para esta partida. O primeiro trabalho de Dal Pozzo é levantar o astral do grupo. Aquela confiança que o elenco transmitia durante os 18 jogos de invencibilidade desapareceu. As mazelas foram expostas e o que se vê é uma equipe com fragilidades que os adversários já sabem como explora-las. Como não deu tempo para mexer no sentido tático e técnico, o treinador vai tentar pelo menos compactar a equipe para valorizar a posse de bola e sufocar o Campinense. O que não vai ser fácil. Para ter essa postura, a marcação será fundamental.
A bronca é que o Náutico, desde o começo da temporada, nunca agradou no seu sistema de marcação. O volante Josa que é o mais marcador de todos do setor, talvez nem jogue. E se for liberado pelo departamento médico, deve entrar na lateral-esquerda, no lugar de Assis, machucado. É dessa consistência defensiva que o Náutico precisa para aproveita a má fase do adversário, que vem de uma derrota dentro de casa, contra a Jacuipense, por 1×0, pela Série D.
Essa é uma partida que também tem um peso grande para a diretoria alvirrubra. Desde quando assumiu o clube, o presidente Edno Melo não encarou uma oposição ferrenha. Teve tranquilidade para trabalhar. Montou o elenco do ano passado, enfrentou a crise normal de um início de temporada e foi campeão. Cumpriu o que prometeu: voltou aos Aflitos como a torcida querida. Tudo isso fez com que a eliminação na Série C não doesse tanto. Só que agora, o time precisa corresponder. Os erros nas contratações foram grandes. O time oscilou demais e começa a Série C com a moral lá em baixo. Portanto, vencer o Campinense é vital!