Foto: Léo Lemos
Quando o Náutico anunciou a contratação de Jorge Henrique, os dirigentes alvirrubros estavam orgulhosos. Afinal, estavam trazendo um jogador que tem histórico no clube, experiente, com técnica acima dos demais atletas da equipe… ou seja, uma referência. Elementos que daria para qualquer um cravar que ser tratava de uma excelente contratação. Mas nem sempre dá certo. Jorge Henrique foi mais um a não dar o retorno esperado aos alvirrubros.
Aos 37 anos, fez 17 jogos e marcou dois gols. Ambos assinalados contra o Santa Cruz. Passou mais tempo no DM do que no gramado. E quando foi acionado, sua participação era nula. Não marcava, não criava. Enfim, não colocou em prática o que o tempo no futebol ensinou. No seu retorno ao time, contra o Globo, atuou 25 minutos apenas. Saiu machucado: rompeu o tendão de aquiles e está fora da Série C.
Jorge Henrique nunca esteve na sua melhor condição física. E na sua idade, no ritmo de jogos que o Náutico teve, não é de estranhar a sequência das contusões. A diretoria sabia desses riscos. Mesmo assim, pagou alto para tê-lo no elenco. E seu o retorno que se esperava, pesou no bolso. Lembrei de outros casos que o Náutico contratou jogadores pelo que fez no passado para diminuir o risco de erro.
Acosta foi o caso mais recente. O uruguaio apareceu pela primeira vez em 2007 e arrebentou. Jogou muito e chegou a ser vice-artilheiro da Série A, com 19 gols. Saiu dos Aflitos e foi parar no Corinthians. De lá, foi para o Brasiliense. Quando retornou para o Timbu, em 2009. Não foi bem. Sofreu uma série a contusão. A novela resultou numa briga jurídica do clube alvirrubro com o time paulista, que detinha os direitos do jogador. Acosta havia voltado para os Aflitos já com uma séria contusão. E ninguém sabia. No caso de Jorge Henrique não existia contusão. Mas se sabia das suas condições físicas e técnicas.
As contusões de Jorge Henrique e também do lateral Assis aceleraram os passos da diretoria em reforçar o elenco para o restante da Série C. Mas essa necessidade era evidente desde o Estadual. A boa atuação na decisão do Pernambucano escondeu a fragilidade. Agora, bastaram dois empates para a realidade saltar os olhos. E no meio da competição, é complicado achar a peça ideal para se enquadrar no perfil do elenco. O primeiro a chegar foi o lateral Willian Simões. E ainda tem mais por vir!