Foto: Bela Azoubel/@amoracamisape
Tem vitórias que são inesquecíveis pelas suas circunstâncias. O Santa Cruz não jogou bem contra o Imperatiz, na noite da sexta-feira. Mas pode ter certeza: nenhum torcedor coral que esteve na Arena de Pernambuco vai esquecer da vitória por 3×2. E também não vai esquecer o torcedor que estava em casa e não desligou o radinho de pilha antes do apito final da arbitragem. Foi daquele triunfo que fez o time renascer. E isso é o que mais importa no momento.
É curiosa a campanha do Santa Cruz na Série C. Sob o comando de Leston Júnior, o time teve um desempenho oscilante, ao ponto de não sair da zona de rebaixamento. Veio Milton Mendes e o tricolor ressurgiu. Com uma boa dose de sorte, conseguiu pontos que o levou para a ponta de cima da tabela. Foi então que o treinador achou que tudo estava resolvido. E começou a mexer na equipe. Veio a queda de rendimento. A desconfiança sobre o futuro na Série C ecoou no Arruda.
Quando entrou em campo para encarar o Imperatriz, a situação era a seguinte: vencer ou vencer. Um tropeço significaria uma eliminação moral (existe?). Ou seja, o abatimento estava nas costas dos atletas desde o início da partida. E ficou ainda mais pesado depois que o Imperatriz ficou duas vezes a frente do placar. Mas aí vem o paradoxo do futebol… Foi exatamente essa pressão que fez os jogadores irem à frente para buscarem a vitória. Afinal, a derrota significaria final de ano precoce no Arruda. Claro que o adversário dormiu no ponto. Não se cochila assim nos minutos finais. No entanto, não apaga a bravura tricolor. Que vitória!
O Santa Cruz tem mais três jogos para conseguir seu objetivo. Não vou mais cobrar bom futebol. Se for para ser na base da emoção, na raça, vontade, correria… Que seja. Nessa reta final, o que importa são os três pontos conquistados.