Foto: Instagram/CBF.
Por Daniel Schvartz
No próximo domingo (13/10), contra a Nigéria, a seleção brasileira encerra mais um ciclo de amistosos. Hoje, contra o Senegal, a equipe de Tite se apresentou, mais uma vez, de forma lamentável. Sem vontade e um mínimo de organização dentro de campo. O resultado? Mais um empate em 1×1.
Em 2019, esse foi o sétimo amistoso do Brasil. Pior que o nível dos adversários foi os resultados: três vitórias (República Tcheca, Catar e Honduras), três empates (Panamá, Colômbia e Senegal) e uma derrota (Peru). Com péssimas atuações, a seleção vem sendo bastante criticada e Tite, de contrato renovado, volta a ser questionado.
Porém, tem um fator que piora ainda mais a situação. O distanciamento que vem sendo construído entre a equipe nacional e sua nação. Os modernos estádios, construídos para a Copa de 2014, ganharam apenas os rótulos de “Elefantes Brancos”. Seleção em campo? Nem pensar. No país do futebol, o esporte mais amado não ultrapassa as fronteiras das principais praças com o Campeonato Brasileiro. Como se não bastasse, ainda precisamos aturar um caminhão de erros com o bendito VAR. Mas essa discussão fica para uma próxima oportunidade.
Com tudo que o país vive, o mais correto seria a seleção jogar em casa. Poder dar essa alegria aos seus verdadeiros fãs, que aguardam por um mínimo lazer em busca do esquecimento momentâneo dos seus problemas. Hoje, em Singapura, a seleção se apresentou (se podemos chamar assim) para pouco mais de 20 mil pessoas. E, diga-se de passagem, os torcedores vestiam mais camisas do Liverpool, da Inglaterra, do que das equipes em campo.
E a empatia e o apoio que muitas vezes jogadores como Neymar e Daniel Alves pedem à torcida? Esqueça! Isso é algo que precisa ser construído e conquistado. Mas, isso não se faz através de um jogo transmitido na TV às 9h ou 00h. O torcedor precisa vivenciar. Sentir na pele.
Está na hora da CBF acordar de verdade. Não adianta ficar só no discurso e pensar apenas em dinheiro. O futebol tem outro poder dentro do nosso país. Ele precisa ser usado para o bem da seleção e (por que não?) dos brasileiros. O futebol é muito mais que um esporte, sim!