Tenho quase certeza que o Náutico realizou um feito histórico no futebol brasileiro nos últimos dias: demitiu o seu treinador e, depois, decidiu relocá-lo para as divisões de base. O primeiro ato, sem anunciar publicamente. Em seguida, ao tomar conhecimento da existência de uma multa rescisória, mudou o trajeto. Anunciou, em uma nota oficial, que Gilmar Dal Pozzo iria treinar o sub-23 do Timbu.
Uma trapalhada histórica e vergonhosa. E desrespeitosa ao profissional Dal Pozzo. Não se faz nem com um treinador que viesse para os Aflitos, desrespeitasse a instituição e acumulasse derrotas vexatórias dentro de campo. O que não é o caso do treinador. Por mais que o Náutico não venha mostrando um futebol convincente, Dal Pozzo buscou fazer o seu melhor e respeitou demais as condições do clube e também os dirigentes.
Aliás, percebia-se uma relação de cordialidade enter o técnico e a atual diretoria do Náutico. E aí, a diretoria toma essa decisão. Quanta confusão, quanto desgaste.
Deve-se ainda se destacar o seguinte: quando clube anuncia alguma medida em nota oficial, entende-se que o fato já está confirmado, “martelo batido e ponta virada”, com todos os envolvidos cientes do que está sendo anunciado. Pois é, esqueceram de avisar a Dal Pozzo. O treinador, através de sua advogada, disse que foi de fato demitido.
O que podemos acreditar é que, para se livrar da multa, o Náutico colocou Dal Pozzo em situação em que ele não vai aceitar e, assim, pedir demissão. Só que ninguém apaga um fato passado. O treinador foi demitido. O assistente anunciou a demissão nas redes sociais. Só que minha imaginação é fértil…. Já pensou se Dal Pozzo aceita? Eita que a confusão seria imensa.
Certo mesmo é que o já rodado Gilson Kleina está chegando. Tem experiência e vai ter a missão de organizar um Náutico que precisa de paz. Algo que o dirigente alvirrubro vai precisar encontrar depois de tanta confusão criada.
Confira no link abaixo o podcast Futzap, no qual eu e Fábio Mendes debatemos bastante os bastidores do Náutico: