Domingo o Santa Cruz tem pela frente mais um adversário paraibano: o Botafogo. Duelo no Almeidão que, nesse tempo em que os cuidados com a pandemia, é campo neutro. Vide o que o Tricolor viveu na noite da terça-feira, contra o Treze, também da Paraíba. O time do técnico Itamar Schuller viu o adversário ficar na frente do placar duas vezes. E na base da agonia, da raça e no vacilo da defesa adversária, venceu de virada, por 3×2. Ainda bem que o estádio estava vazio… Porque se tivesse torcedor, o setor médico do Arruda teria muito trabalho para atender os torcedores que, provavelmente, teria alterações cardíacas.
Ficou provado que Série C não é apenas técnica. É coração também. Tudo está muito equilibrado. Principalmente depois dessa parada por conta da pandemia da Covid-19. Claro que a vitória traz à tona o que o Santa Cruz vez de melhor: uma superação nos minutos finais da partida. Dois gols em 5 minutos e a vitória foi garantida. Os três pontos importam bastante nesse começo de competição. Mas também é bom colocar o dedo na ferida.
O primeiro gol tomado pelo Santa Cruz vi mérito no setor ofensivo adversário. Velocidade e boa jogada pela esquerda. Mas o gol olímpico, francamente, foi uma falha geral. Especialmente do goleiro Maicon Clayton. Eu já vi gol de escanteio cobrado com muita curva, fechadinho, no primeiro pau, ou desviando no primeiro toque na bola, de cabeça, enganando o goleiro. Mas esse aí, marcado por Douglas Lima…. a bola foi chuveirando e caiu na rede. Ah, vá!
O Treze fez 2×1 aos 29 minutos do segundo tempo. A entrada de Chiquinho no lugar de Jeremias fez o Santa Cruz ganhar mais mobilidade ofensiva. E mais: se por um lado os jogadores do Tricolor acreditavam ser possível a virada e que em todo jogo o clichê “o jogo só acaba quando o juiz apita” entra em campo, por outro, o Treze parece não acreditar na possível vitória. E vacila na marcação. O Santa Cruz apertou e fez os dois gols. O pênalti cometido pelo defensor paraibano é de uma displicência incrível. E o Tricolor não tem nada com isso. Venceu!
E vencer é o céu!
