A vitória do Sport sobre o Náutico, nos Aflitos, por 2×1, de virada, foi daquelas inesperadas, que trai qualquer comentarista esportivo e surpreende o mais otimista torcedor rubro-negro. O que se viu durante boa parte do clássico foi o Timbu amassando o Leão e, no final da partida, o triunfo rubro-negro, após gol de Búfalo, jogador que vinha sendo muito criticado, e Ewerton, num chute de fora da área, aos 50 minutos.
Antes de mais nada, é importante dizer que o clássico tecnicamente, como era esperado, foi muito ruim. No primeiro tempo, o que se viu foi só o Náutico atacante. Sufocando o Leão, que sequer passava do meio de campo. O time rubro-negro não tinha saída de jogo. Era chutão da defesa para o ataque. E mesmo assim, o Náutico conseguia manter a posse da bola. Mesmo assim, as chances de gols eram em chutes de fora da área, e articulações de Jean Carlos, que fez o gol do Timbu, no finalzinho do primeiro tempo, numa bela cobrança de falta.
No segundo tempo, o panorama começou igual ao primeiro tempo, com o Náutico em cima e o Sport sem saída de bola. Mas o cenário começou a mudar quando Jean Carlos, o cérebro, corpo e pernas do time, caiu de rendimento, exausto. E aí, o Timbu perdeu a mobilidade, a lucidez. Não teve mais o volume de jogo de antes. O Sport cresceu. Não tanto. Mas o suficiente para ao menos chegar ao ataque e fazer os dois gols. O primeiro, Juba bateu escanteio na cabeça de Búfalo.
O empate aconteceu aos 33 minutos. Havia tempo demais para uma nova história ser contada. Enquanto o Náutico sentiu o golpe do empate, o Sport ficou mais compactado, e conseguiu espaços para contratar. Já no final, Ewerton acertou um petardo e virou a partida. Uma vitória surpreendente, que motiva o Leão e deixa o Timbu abatido. Ao final da partida, a diretoria do Sport se trancou no vestiários e, logo depois, anunciou a contratação do técnico Gilmar Dal Pozzo.
Confere meu comentário sobre a vitória do Leão no link abaixo: