O ano de 2022 tá sendo bem curioso, para dizer o mínimo, nos bastidores da Federação Pernambucana de Futebol. Pela primeira vez, vejo dois candidatos disputando votos dos clubes, ligas e associações para que possa ficar à frente da entidade que comanda o futebol pernambucano. De um lado, Evandro Carvalho, que está no cargo há mais de dez anos, desde o falecimento do então presidente Carlos Alberto Oliveira, do outro Alexandre Mirinda, ex-presidente do Santa Cruz.
Na semana passada, Evandro Carvalho seguia sua agenda como mandatário da entidade, filiando mais um novo clube do futebol pernambucano: o Clube Atlético Torres. Na ocasião, Carvalho e o diretor de competições amadoras Jorge Vieira receberam o presidente do clube, Rogério Filho, e o representante Rafael Gomes.
“É muito importante que as equipes tenham o objetivo de formar atletas, pois o esporte é um importante meio de ascensão social. Com essa presença internacional, traz cada vez mais inovação para o futebol, não só do nosso Estado”, afirmou. A expectativa dos gestores do clube é de já ingressar nas competições de base e segunda divisão do Estadual. Nos últimos anos, Retrô FC, Caruaru City e o Santa Fé surgiram e foram filiados na FPF e disputam o Estadual – o Santa Fé, de Olinda, vai disputar a Série A2.
Já Alexandre Mirinda, nos últimos cinco dias, pegou a estrada. Circulou pelo agreste e sertão do Estado, ouvindo jornalistas e presidentes de clubes e ligas de cada região. A viagem foi uma prévia de uma série de debates que o empresário pretende promover para traçar as metas de seu mandato à frente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF).
Durante os encontros, Mirinda procurou saber a realidade de cada local e ouviu os dirigentes de ligas e clubes. Segundo o candidato à presidência da FPF, a maior queixa é a ausência da Federação e a falta de calendário para que os clubes e ligas possam atuar durante o ano todo. Uma de suas propostas é a criação de diretorias da FPF, em cada município, comandadas por um vice-presidente com autonomia e orçamento próprio para resolver as questões de cada região.
“Na hora que eu coloco um vice-presidente nesses locais será como se eu próprio estivesse lá presente para resolver todas as demandas. Eu vou colocar alguém envolvido com o futebol da própria região, quero descentralizar a Federação. Onde andei só ouvi reclamações de todos falando sobre a ausência da entidade nesses locais, reclamações de abandono e de descaso”, comentou.
Outra proposta de campanha debatida durante as reuniões foi a criação de um calendário cheio com campeonatos e torneios para o futebol amador e o futebol profissional.
O baile segue…