Foto: Tiago Caldas/Assessoria Náutico
O Náutico contou com a sorte e com boa atuação do goleiro Lucas Perri para arrancar empate diante do Guarani, em 1×1, nos Aflitos. Foi a primeira partida do Timbu após a conquista do título de bicampeão estadual. E a torcida não ficou muito satisfeita, apesar de ter saído do estádio aliviada, pois o gol de empate alvirrubro surgiu nos acréscimos, graças à falha do goleiro bugrino. A bola bateu na cabeça de Amarildo e entrou. Dos males, o menor.
Curioso como até Roberto Fernandes, que tem como característica de trabalho (ou pelo menos tinha) a força na marcação para ter a posse de bola e depois atacar em velocidade. Nada mais elementar em se tratando de uma equipe que tem um setor defensivo frágil. Não sou eu quem está dizendo. É fato, basta ver os jogos do Náutico.
Mas contra o Guarani, o Náutico, talvez embalado pela conquista do título e belas duas boas vitórias consecutivas na Série B, foi para cima. Quis nem saber. E na primeira etapa o Bugre engoliu o meio de campo alvirrubro, fez 1×0, com Bruno José, e poderia ter feito mais.
No segundo tempo, as mudanças de Roberto Fernandes surtiram efeito justamente porque deixou a equipe mais compactada. Ralph no lugar do apagado Eduardo, dando mais sustentação defensiva, enquanto Victor Ferraz, que entrou no lugar de Thássio, mostrou que é titular desse time alvirrubro. O Náutico cresceu, pressionou… mas apresentou de novo suas falhas: cria, tem chances, mas erra no arremate. E nessa postura de ataque, a defesa fica a ver navios.
Para ter uma equipe inteira para a disputa da Série B, tem que começar arrumando a cozinha. Fechadinho, compactado, sem abdicar do ataque. Jogar com os pés no chão. E com peças de qualidade para isso. Mas aí, vem a pergunta: o Náutico tem?