Foto: Antônio Soares/CSS
Um minuto de bola rolando e Paulinho aproveitou vacilo da defesa do Santa Cruz para abrir o placar para o Sergipe. Toda vez que acontece algo assim, fico me perguntando: sofrer com gol tão rápido é algo emocional? Tenho impressão que sim. O Tricolor nunca sai na frente do marcador e tem a necessidade sempre da vitória. E outra: qual era a proposta de jogo do Santa Cruz? Essa não dá para responder, pois tomar gol logo no começo, desmorona todo plano.
Com a desvantagem no placar, não tinha outra alternativa para o Santa Cruz a não ser ir ao ataque. Mas a ansiedade pesou, a troca de passe mostrou deficiência. E o Sergipe, em vantagem no placar, pode reforçar a marcação e criar algumas oportunidades para ampliar o placar. Jéferson salvou o Tricolor do segundo gol, numa cabeçada de Hiago, e a trave também salvou, numa cobrança de escanteio de Fabinho.
O panorama mudou no segundo tempo quando Marcelo Martelotte fez mudanças na equipe. Especialmente Hugo Cabral, que fez sua estreia pelo Tricolor. Veloz, arisco, o rapaz deu trabalho à zaga do Sergipe. Mas, aos 43 minutos, o time da casa teve uma chance clara com Doda, que de cara para o gol, mandou para fora. Aí, já nos acréscimos, aos 48 minutos, a arbitragem marca pênalti para o Tricolor. E Hugo Cabral cobrou, garantindo o empate.
O resultado não foi o que o Santa Cruz precisava. Mas diante das circunstâncias, meus amigos, é para se comemorar. E também aprender. O Tricolor precisa entrar ligado no jogo. Um gol sofrido no começo de um confronto, por mais que o adversário não faça uma boa campanha, dificulta e muito. Se o Tricolor quer sair da situação crítica na Série D, precisa se ajudar. Ficar ligado no jogo e ir à luta com confiança no que se propõe a fazer.