Foto: Anderson Stevens/Assessoria do Sport
A torcida do Sport perdeu a paciência com o técnico Gilmar Dal Pozzo antes mesmo de ele desembarcar no Recife e começar o seu trabalho. O empate em 0x0 contra o Brusque, na Ilha do Retiro, aumentou ainda mais essa irritação. A pobreza técnica do Leão se deve muito ao fato do elenco não ter peças para que o time apresente uma evolução. Mas também o treinador precisa apresentar alternativas de jogo e isso não acontece.
Em 14 jogos disputados, o time rubro-negro fez apenas 9 gols. É o pior ataque do que a maioria das equipes que disputam a Série B. Para uma equipe que está na quinta colocação e tem ambição em voltar à elite do futebol brasileiro, o desempenho é pífio. Está bem claro, desde o começo da Série B, que faltam peças com qualidade. Faltam peças que atuem na extrema. Mas o pior é que já chegou ao nível que tá afetando o emocional dos atacantes. Os atacantes não tem mais confiança para um arremate.
Só quem demonstra essa confiança é Luciano Juba. No entanto, depender apenas do atacante é pouco. Até porque ele anda visado pelos adversários. Mas se contra o Grêmio, o time conseguiu criar, chegar com mais lucidez no ataque, contra o Brusque, a história foi diferente. O Sport foi ao ataque na base do vamos-que-vamos. O primeiro tempo mostrou um Brusque preocupado apenas em se defender.
Na primeira etapa, o Sport buscou alternar as jogadas pelas laterais, tendo até o volante Fabinho caindo pela lateral direita. Giovanni arriscou um petardo de fora de área que o goleiro Jordan espalmou e ninguém aproveitou. As tentativas eram chutes de fora da área e cruzamento na área. Isso porque Kayke praticamente não existiu. E Tiago Lopes, que entrou como titular, pouco produz.
No segundo tempo, o jogo foi ainda mais feio. Dal Pozzo fez mudanças. Colocou Naressi no lugar de Bruno Matias, enquanto Bill foi acionado na vaga de Giovanni. E o que aconteceu? Nada. O Sport seguiu com mais volume de jogo, mas parece não saber o que fazer com a bola. Confusão que se acentua quando se enfrenta uma equipe retrancada como o Brusque.
O Sport teve mais postura ofensiva? Sim, senhor. Conseguiu criar oportunidades? Sim, senhor? Mas poucas foram claras. Fabinho cabeceou e Jordan defendeu. Depois, Blas Cáceres e Alan foram acionados no jogo. O time ganhou mais velocidade. A dupla incendiou o duelo. Bill, Fabinho, Cáceres e Alan tiveram oportunidades. Mas não conseguiram balançar as redes.
Final de jogo e tome pressão para cima do técnico Gilmar dal Pozzo. Resultado ruim na conta não só do técnico, mas também do elenco. O Sport parece não mostrar conexão entre os setores, criatividade no meio de campo é algo raro e o ataque… não existe. O Leão foi mais ao ataque porque o Brusque deu espaço e a torcida cobrou empurrou. Mas falta lucidez ao time. E o que esperar do Sport nos duelos fora de casa contra o Vasco e o Cruzeiro? Lá vem pressão….