Claudinei Oliveira chegou no Sport em agosto com a missão de levar o time para brigar por uma vaga na Série A do Campeonato Brasileiro em 2023. O técnico conseguiu deixar a equipe viva até a última rodada da Série B. Mas não atingiu o objetivo final que era o acesso. Seu aproveitamento foi de 55%. Nada mal para quem chegou num turbilhão. Mas seu trabalho sempre foi questionado e não surpreende sua não permanência na Ilha do Retiro.
Ao chegar no clube, Claudinei pregou o discurso de montar uma equipe ofensiva, que propunha o jogo. E ganhou peças para isso. A diretoria contratou jogadores ofensivos para que o time tivesse poder de fogo. Mas não surtiu efeito. Pior: o Sport ficou mais vulnerável e não conseguiu empolgar o ataque. Fora de casa, então, nem se fala. Com as peças ofensivas, inclusive pontas que tanto o time precisava no primeiro semestre, o time não conseguia agredir. Não via padrão de jogo no Sport. Apenas motivação. E isso é responsabilidade do treinador.
Outra tecla que sempre critiquei foi a falta de visão para contratar um goleiro. Mas aí nem responsabilizo apenas Claudinei. A diretoria também tem responsabilidade. Porque eu via o Leão apenas com Mailson, que mesmo cometendo falhas, era o mais inteiro para a posição.
Os demais dúvidas: Carlos Eduardo havia jogado pouco pelo Leão para dizer que poderia ser o titular. E Saulo nem se fala. Numa competição longa, era preciso ter dois bons e firmes goleiros. Além disso, todos sabiam que Mailson estava prestes a acertar uma negociação. Dênis só chegou após as falhas de Carlos Eduardo. E, mesmo assim, jogou uma partida.
Mas, em resumo, o fracasso na Série B, independente dos motivos e das escolhas erradas de Claudinei Oliveira, força uma mudança no comando técnico. Para um recomeço, novas ideias são essenciais. Especialmente porque o clube vai passar por uma eleição para presidente. Portanto, sua saída foi mais do que sensata!