O Santa Cruz faz uma campanha no Campeonato Pernambucano bem abaixo do que se esperava. Confesso que as duas vitórias no pré-Nordestão me enganaram. Achava que os triunfos dariam mais tranquilidade aos jogadores para começar a disputa do Estadual e que o técnico Raniele Ribeiro já daria um conjunto mais definido. Mas o que se viu no duelo contra o Maguary, na tarde deste domingo, no Arruda, uma atuação muito ruim. E os tricolores podem levantar as mãos para o céu e agradecer o empate em 1×1. O quarto empate no Pernambucano. O time só venceu uma partida.
Contra o Maguary, o Santa Cruz fez o que se esperava, tomou a iniciativa da partida. Teve, de fato, mais volume de jogo. No entanto, poder ofensivo quase nenhum O volante Artur, que tem qualidade para armar a partida, teve uma atuação apagada. Lucas Silva, atleta mais arisco do setor ofensivo, também não esteve bem. Michel Douglas deixou o campo machucado. Pipico entrou, deixou a defesa do Maguary mais presa, mesmo assim, o Tricolor pouco produziu de lances perigosos.
No segundo tempo, gostei mais da partida. Não me refiro à questão técnica, mas a postura das duas equipes foi mais ofensivas. Ainda mais o Santa Cruz, que se lançou mesmo à frente. No entanto, o time de Raniele sente a falta de algum jogador para trabalhar no meio de campo, dosar o jogo, pensar as saídas de bola. Por incrível que pareça, o Maguary foi melhor nesse sentido. Com espaços no meio para trabalhar, o time de Nilson teve mais consciência para explorar os contra-ataques.
Mas a qualidade de finalização das duas equipes deixavam muito a desejar. Até que aos 46 minutos, após boa trama no setor ofensivo, Kelvin conseguiu superar Geaze. Quando todos pensavam que nada mudaria no placar, o Santa Cruz conseguiu, nos acréscimos, o empate. Marcelinho mandou fora do alcance do goleiro Chapa e deixou tudo igual, aos 49 minutos. Empate com sabor de indignação. Afinal, a torcida reclamou do pobre futebol do Santa Cruz.