O Retrô fez o que se esperava. Dono da segunda melhor campanha do Campeonato Pernambucano, o time venceu o Salgueiro, por 3×1, na Arena de Pernambuco, e vai enfrentar o Sport na grande decisão em duas partidas. Os gols da Fênix foram marcados por Radsley, Luisinho e Matheus Serafim, enquanto Anderson Recife, cobrando pênalti, fez o gol solitário do Carcará.
É a segunda vez consecutiva que o Retrô vai para um decisão do Estadual. E diga-se: nas duas vezes, mereceu decidir o título. No ano passado, venceu o Náutico, por 1×0, na primeira partida. E perdeu a segunda pelo mesmo placar. Foi derrotado na disputa de pênaltis. Agora, contra o Sport, a partida já vem com polêmica. A Federação Pernambucana de Futebol prevê os dois jogos decisivos na Arena de Pernambuco. No entanto, a diretoria do Sport não aceita.
O Sport foi dono da melhor campanha no Estadual. O vice-presidente de competições do clube, Augusto Carreras, já declarou que não abre mão de jogar a segunda partida na Ilha do Retiro, onde o Sport venceu todas as partidas que jogou. Além disso, o Retrô mandou os jogos do Pernambucano na Arena de Pernambuco. “A gente precisa entender qual a posição da FPF. Porque hora são os dois jogos na Arena, hora um jogo no interior. Ou seja, só não se respeita o direito do Sport. Ou seja, qual a vantagem de ter a melhor campanha se não pode escolher o seu mando de campo”, criticou Carreras.
A polêmica surgiu porque o presidente da FPF, Evandro Carvalho, disse que os dois jogos seriam na Arena de Pernambuco, independente de quem iria fazer a decisão. Mas o regulamento prevê que o time de melhor campanha, no caso o Sport, define onde manda o segundo jogo da decisão. A afirmação de Evandro é baseada numa votação dos clubes que aprovaram as duas partidas na Arena de Pernambuco, mas que não contou com a aprovação de Náutico, Sport e Santa Cruz.
Em suma, a bronca nasce a partir do momento em que Evandro Carvalho sempre deseja encontrar uma forma de colaborar com o Governo do Estado para movimentar a Arena de Pernambuco. No entanto, nenhum dos três grandes clubes comprar a ideia de atuar num estádio longe demais da cidade e acessibilidade horrível. No caso da final do Pernambucano, há mais particularidades: o Sport não abre mão de atuar no seu estádio onde está invicto, além do fato do adversário ter atuado na Arena de PE no ano. O Sport tem razão na sua queixa.