A foto acima mostra que a violência saiu do estádio e tomou as ruas do bairro do Arruda
O torcedor que foi ao Arruda, no domingo, esperando ver um novo Santa Cruz no duelo importante contra o Potiguar, estava delirando. Porque o técnico Evaristo Piza, que assumiu a equipe nos últimos dias, não teria como mudar a postura do time, da água para o vinho, diante da atmosfera negativa do clube. O placar final de 1×1 não surpreende, mas incomoda e muito diante da situação da equipe na Série D do Brasileiro. E aí, ao final da partida, chego a conclusão que é melhor apoiar os que deliram do que aqueles que vão para a guerra. Um absurdo completo que vimos no Arruda. Cansa falar enquanto ninguém se move para mudar a situação.
O apito final da partida foi o alarme para que os vândalos tentassem invadir o Arruda. E se não fosse a ação da Polícia Militar, a situação seria ainda mais terrível. O medo se instalou no gramado. Jogadores correram para o vestiário. O técnico Evaristo Piza não concedeu a entrevista coletiva ao final da partida por falta de segurança. Os vândalos saíram do estádio e foram para as ruas, espalhar medo nas pessoas que andavam por ali e que nada tinham a ver com o que acontecia dentro do estádio.
Não se falou mais do jogo após o apito final do árbitro, mas sim do clima de guerra que se instalou no Arruda. E o que cansa é a imprensa, a torcida e a sociedade se queixarem, reclamarem, sentirem medo… mas ninguém, nenhuma autoridade, clubes, federação batem o pé e tomem a postura para que cenas assim não se repitam. E são fatos que podem ser evitados. Basta ver a ação imediata da PM, ontem. Alertada que haveria tumulto caso o Santa Cruz não vencesse, os policiais já estavam preparados para o pior.
E assim, dentro do Arruda, a situação foi controlada.
Por que não atuar assim de forma mais abrangente? Incluindo ações de conscientização, educação, para que jovens e crianças, saibam o que é certo e errado no futebol. Sigo com fé para que um trabalho mais sério aconteça. E o futebol viva dias de paz.