O Náutico foi eliminado da Série C do Campeonato Brasileiro na primeira fase e, para tristeza de todos os torcedores, vai disputar a Terceirona mais uma vez em 2025.
Tristeza, sim. Mas surpresa, não. Em nenhum momento o Timbu inspirou confiança ao seu torcedor. Contratações equivocadas, mudanças de treinadores, falta de comando no futebol…. Enfim, uma chuva de erros.
Mas é muito fácil apontar o dedo depois do fato consumado. Quem tem que fazer avaliação do que foi feito e não feito é a própria diretoria do Timbu. Fato: o que acontece dentro de campo é reflexo do que acontece fora dele.
O que está bem claro é que já venho falando há tempos: o futebol pernambucano não caiu na sua realidade. Parece viver numa distopia.
Quando o Náutico caiu pela primeira vez para a Série C, dizíamos que o clube está na divisão errada e que era o time a ser batido e que estava à distância dos demais adversários.
Infelizmente, essa realidade mudou. Já não somos tanto assim ( e isso serve para o Santa Cruz, na Série D, e Sport, na B. Mas voltemos ao Timbu). É só ver a campanha alvirrubra. Dos 57 pontos disputados, o Náutico conquistou apenas 25. Foram apenas seis vitórias. Não soube aproveitar nem os bons momentos, quando goleou de forma surpreendente o Figueirense, por 4×0, e venceu o líder Botafogo-PB, por 2×0.
Mudanças de treinadores, contratações de goleiros de qualidade técnica discutível, sem ordenamento tático, uma filosofia de trabalho definida. Enfim, um amontado de fatos que mostram a falta de visão de quem fez o Náutico na atual temporada.
É extremamente lamentável. Afinal, o Náutico não poderia, não pode e nem deve ficar tanto tempo numa 3ª Divisão. É prejuízo certo. É escassez de oxigênio para uma evolução. O Náutico, assim como o futebol pernambucano, precisa de novas ideias.
Urgente!