O Retrô conseguiu uma façanha incrível para o pouco tempo de história que tem. Ao vencer o Anápolis, por 3×1, sagrou-se campeão da Série D do Campeonato Brasileiro, sem precisar de cobranças de pênaltis como vinha se especializando nas fases anteriores.
A Fênix é, sim, um fenômeno. Depois de bater na trave duas vezes na luta pelo título estadual, conseguir um título nacional é algo que o futebol pernambucano já vinha precisando. E vindo de um clube novato, digamos assim, é um respiro imenso.
Mas qual o segredo do Retrô? Organização, estrutura, pagamento em dia e trabalho. Contratou jogadores que estão com foco para vencer e, o que ajuda ainda mais: não há pressão de torcida e nem imprensa para títulos, o que muitas vezes sufoca jogadores, comissão técnica que não sabem gerir crises.
Já vi muitos clubes organizados e com dinheiro mas que patinou na competição justamente porque quem estava na equipe não tinha compromisso. E o comando da equipe e do clube não enxergava um palmo à frente do nariz no quesito gestão de pessoas.
O surgimento do Retrô com a força que tem já é um alento ao pobre futebol estadual, que vive numa crise financeira e estrutural tremenda. Isso faz que o incentivo seja de que ele siga respirando e conquiste feitos que motive os seus dirigentes a seguirem trabalhando. Que o clube ande com suas próprias pernas e não dependa única e exclusivamente do apoio do governo, pois quando essa torneira fecha, o clube morre, como são os casos do Vitória, Salgueiro e Ypiranga e etc…
É bem verdade que o Retrô surgiu nu estrutura bem fundamentada, em condições de investimento para fazer contratações de jogadores cascudos para um planejamento a longo prazo. Só que bem antes do que muitos esperavam, os frutos estão surgindo. O acesso à Série C dá uma moral danada para seguir caminhando.