Crédito da foto: Ricardo Fernandes/Spia Photos
Por Sebastião Rufino Filho*
Os dois tempos foram bem diferente em termo de comportamento dos jogadores. No primeiro duelo, nos Aflitos, os atletas tiveram uma postura e o árbitro teve uma boa conduta disciplinar. No duelo da Ilha do Retiro, por se tratar da última partida do ano e que valia conquista de título, a gente percebeu nervosismo tanto pelo lado do Sport quanto do Náutico. Logo aos sete minutos de jogo , veio a confusão entre Suelinton e Hernanes.
Destaco o belo trabalho em equipe da arbitragem, tanto do árbitro principal quanto do assistente Kleber Lúcio Gil e do quarto árbitro Wagner Reway . Eles foram perfeitos. O jogador alvirrubro deu uma cabeçada no rosto do rubro-negro que revidou com um tapa. Eu até imaginei que eles teriam dificuldades porque o lance ocorreu fora da disputa da bola. Mas eles tiveram a competência de avaliar e expulsar os dois, corretamente.
Em seguida, veio o pênalti a favor do Sport. No primeiro momento, achei pênalti. Mas, vendo melhor o lance, percebe-se que o atacante Guilherme é quem procura o contato e antes de o goleiro chegar na disputa, jogador do Sport já está caindo, estimulando a tomada de decisão equivocada do árbitro. Para quem tá apitando, é uma lance difícil, pois vemos claramente o pênalti. Só podemos ver o detalhe de o atacante buscar o pênalti através da TV. Mas, enfim, não foi pênalti. É importante destacar que as finais precisavam do VAR. Principalmente nesse segundo jogo, pois foram vários lances polêmicos, difícil para marcar.
O outro lance: o jogador do Náutico, Diego, faz uma falta no volante do Sport, Charles. Foi falta, que o árbitro não marcou. E, em seguida, no chute ao gol, a bola bateu na mão de Danilo Pires e entrou. O árbitro Ricardo Marques não marcou nem um lance nem outro. Outro lance que destaco: o gol marcado por Leandrinho, mas que o assistente acertou ao não validar, assinalando impedimento num lance extremamente ajustado.
No segundo tempo, o jogo foi mais fácil para controlar. Mas ainda destaco que o árbitro não deu cartão para o volante do Sport, Ronaldo, que fez uma falta temerária aos 21 min. do segundo tempo, em Wallace Pernambucano e só veio receber cartão amarelo aos 32 min em outra jogada temerária.
Em geral, a arbitragem não teve numa tarde feliz, porque suas decisões influenciaram no resultado da partida. Volto a frisar a falta que o VAR fez. Se houvesse colocado, talvez esses erros não tivessem acontecido e o resultado da partida seria legitimado.
* Sebastião Rufino Filho foi árbitro de futebol e colabora na seção Homem de Preto do Blog