Foto: Ricardo Fernandes/Spia Photo
Por Daniel Schvartz
Mais tempo de casa entre os treinadores dos times pernambucanos. Vice campeão estadual. Trabalho com a base e mais uma oportunidade de colocar o Náutico de volta à série B do Brasileiro. Podemos dizer que Márcio Goiano está bem adaptado e demonstra uma crescente dentro do Clube Náutico Capibaribe, sempre buscando os objetivos traçados pela diretoria e almejados pela torcida.
Neste domingo (28), o Náutico estreia no Campeonato Brasileiro da Série C contra o ABC, em Natal, às 18h. Às vésperas da partida, o treinador concedeu uma entrevista exclusiva para o Blog MarceloEC e comentou alguns dos principais pontos do trabalho que vem sendo desempenhado ao longo dos 8 meses de clube. Confira!
Após a final do Pernambucano, o elenco do Náutico não ficou se lamentando a perda do título. Houve algum trabalho específico pra isso, visto a proximidade com o início do Brasileiro?
A gente não conseguiu o objetivo do título, mas temos que olhar pra frente. Já iniciamos domingo o Campeonato Brasileiro, temos a semifinal da Copa do Nordeste e não adianta olhar para trás. Na verdade, temos que buscar as coisas positivas do Campeonato Pernambucano. Isso eu falei aos atletas antes mesmo dos dois jogos decisivos, mesmo sabendo da importância da conquista. Todos já tinham essa consciência. Temos que focar nas coisas boas que aconteceram nesse início de temporada e nos jogos decisivos que temos pela frente.
Você já está desde o ano passado no Náutico. Participou da campanha passada do Brasileiro. Quais são as principais mudanças entre as duas temporadas?
Quando cheguei ano passado, a equipe estava em uma situação bem complicada. Com pouquíssimos pontos. No final, conseguimos a classificação para a próxima fase mas, infelizmente, não conseguimos o acesso. A diferença para esse ano é que eu participei das contratações, a manutenção de alguns atletas e a formação do time em geral. Sabemos de toda dificuldade que é o campeonato brasileiro, mas o nosso foco, mais uma vez, é o acesso, que é muito importante para o clube.
Você já havia trabalhado com tantos jogadores da base no elenco principal? Como você lida com esses jovens? Já tem algum novo nome que possa surgir no elenco profissional em breve?
Como treinador, pouco. Tive a experiência de trabalhar na base durante um ano, que foi importante para mim. No Figueirense, como treinador, tive a oportunidade de comandar alguns jovens, com destaque para o Roberto Firmino. No Goiás eu tive a chance de trabalhar com o Rafael Tolói e o Douglas. Então, isso faz parte. Se a base nos dá, você sempre vai buscar esse material humano. Você conduz, educa. É importante para o clube. O Wagninho, por exemplo, é um jogador que ainda não teve oportunidade e pode ser que seja uma surpresa agradável para o decorrer do ano.
Após demonstrar seu valor no Pernambucano, quanto os Aflitos será importante para a busca do acesso?
Essa volta foi muito positiva. Você fica mais próximo ao torcedor. Dá pra sentir o calor. O torcedor acaba jogando junto. Os Aflitos foi muito importante nesse início e tenho certeza que também será nesses jogos decisivos pela Copa do Nordeste e Brasileiro.
O que você espera da série C e o que o torcedor do Náutico pode aguardar do time para esse Brasileiro?
Com certeza vai ser um campeonato muito difícil e disputado. Teremos muitos clássicos e equipes muito qualificadas. Vai ser um grupo bem complicado, mas já temos consciência disso. É importante que a gente tenha boas semanas de treinamentos e a nossa luta vai ser por etapas. Primeiro a classificação, depois o acesso e, por último, a busca pelo título.