Foto: Rodrigo Baltar
O cronômetro estava marcando apenas 5 minutos de partida, quando o atacante Pipico sofreu pênalti e ele mesmo foi para cobrança e abriu o placar para o Santa Cruz diante do Botafogo-PB, em João Pessoa. Foi um começo muito bom do time coral. Mas foi só. O time da casa chegou ao empate, aos 17 minutos, com gol marcado por Felipe Alves e foi melhor durante toda a partida. No final dos 90 minutos, mais um empate e o Santa Cruz segue na lanterna da Série C.
Volto a destacar a irregularidade do time coral. E não é apenas de uma partida para outra. No próprio 90 minutos, o Santa Cruz oscila demais. Tem momentos que marca bem e consegue sair para jogo usando as laterais, velocidade de Pipico, enfim… Nesse duelo contra o Belo, o Santa Cruz contou com as estreias do meia Everton e o atacante Mizael.
A necessidade de dar mais criatividade e movimentação no setor ofensivo da equipe apressou a estreia dos atletas. No primeiro instante, como novidades, pareciam que surpreenderiam o adversário. Mas foi só no começo. O Botafogo adiantou a marcação, imprimiu mais velocidade e o Santa Cruz pouco fez. No intervalo da partida, Leston fez duas mudanças, acionando Alan Dias e Carlos Renato, mas pouco acrescentaram. Somente nos minutos finais é que o Tricolor teve chances com Pipico depois que o Botafogo reduziu o ritmo e deu espaços. O Santa Cruz ainda teve prejuízo com a expulsão de Alan Dias já nos acréscimos.
Ao final do duelo, o técnico Leston Júnior comemorou o fato de não ter mais competições paralelas para o Santa Cruz. O time agora foca apenas no objetivo máximo da temporada: o acesso à Série B. Ok, Leston, é um bom motivo para acreditar numa evolução coral. Mas não vejo o desgaste físico como o grande entrave do time coral. A bronca é técnica mesmo. O time é limitado e só algumas peças de reposição chegaram.
Vejo o Santa Cruz com poucas variações táticas e precisando voltar a mostrar um bom futebol para empolgar o seu torcedor e restabelecer a confiança da equipe na Série C.