Foto: Ricardo Fernandes/@spia photo
Vencer é o céu. Não importa quem seja o adversário, a vitória, quando não ilude, traz a vibração positiva de quem precisa superar as adversidades.
O Brasil precisava vencer o Peru pela Copa América. Não havia ares de desespero para esse duelo. Mas seria fundamental vencer bem para apagar o vexame de ter empatado em 0x0 contra a Venezuela, na rodada anterior. E assim o fez: 5 x 0.
A fragilidade defensiva peruana foi algo estarrecedor. Mas não vou o tirar o mérito do Brasil de ter feito por onde deixar os peruanos atônitos. Com 30 minutos de partida, a seleção de Tite já havia construído a vitória. O placar já marcava 3×0. Fruto de um futebol veloz e envolvente.
A partida serviu para mostrar que a seleção tem uma nova referência ofensiva: Everton, o Cebolinha. Sim, o atacante do Grêmio está fazendo algo que muitos tão valorizados pela mídia e mercado internacionais não fazem: assumir o protagonismo na equipe.
Contra a Bolívia, quando foi acionado no decorrer da partida, Cebolinha foi o jogador que tomou a postura de ir para cima dos bolivianos. Sem medo de ser feliz. Apostou na velocidade e habilidade de dribles curtos para infernizar a defesa. E ainda fez um golaço.
Diante da Venezuela, ele não teve muito tempo e espaço para ajudar a seleção a tirar o zero do placar. Mas contra o Peru, ele foi fundamental. Partiu para cima desde o início. Foi sua atitude de levou o Brasil ao ataque e deixou os peruanos sem respirar.
Quem me conhece sabe das minhas restrições a Neymar. Mas ele faz falta justamente por ser, além de talentoso, um jogador que não teme as botinadas adversárias. Parte para cima com o objetivo do gol. Após sua saída, ninguém assumiu esse papel a não ser Everton. E por isso ele já está recebendo os holofotes da mídia.
Sempre tenho receio a essa velocidade da criação de um ídolo no Brasil. Até porque a mídia e o povo brasileiro sentem essa carência. Rapidamente, Cebolinha deixou de ser mais um no elenco para ser “o cara”.
Espero que Everton Cebolinha esteja preparado para isso. E ele seja o novo, o diferente que a seleção brasileira de Tite está precisando.