Dá-lhe, Náutico!
Dá-lhe, Timbu!
Dá-lhe, família alvirrubra!!!
Não tem aquela conversinha mais de morrer na praia. De eterno vice. O Náutico de Gilmar Dal Pozzo foi competitivo do início ao final. Nunca deixou de acreditar. Superou desconfiança, más jornadas, situação financeira complicadíssima, limitação técnica…. enfim, barreiras naturais que acontecem em uma competição nada rentável. Mas, o melhor é que ninguém baixou a guarda mesmo quando o acesso estava garantido. O Náutico foi valente e mereceu ser campeão.
A conquista é o prêmio a uma reconstrução. Não faz muito tempo que o Náutico viveu momentos de penúria. Aflitos abandonado. Confrontos pessoais nos seus bastidores. Eleições tumultuadas. Faltavam ideias, planos, uma aproximação maior de quem comandava o clube. Se o presidente Edno Melo e o seu vice Diógenes Braga não conseguiram uma união por completa no clube (o que é quase impossível algum clube conseguir e, diga-se, ter oposição de ideias não é algo nocivo), mas direcionou o Náutico. O clube termina o ano fortalecido. E o que se espera é um 2020 ainda mais grandioso.
Sobre o jogo, foi dramático. O Náutico entrou em campo não sabendo administrar a vantagem de 3×1 construída na primeira partida. O time esperou a pressão natural que iria exercer o Sampaio Corrêa nos minutos iniciais do jogo. Recuou demais, deu espaços para o time maranhense dominar o jogo e abrir o placar, num chute cruzado de Everton. O jogo estava feio. Erros de um lado e do outro. Mas os donos da casa foram mais perigosos, enquanto o Timbu sequer valorizava a posse de bola.
No segundo tempo, o time veio com uma mudança. Na verdade, uma correção do técnico Gilmar Dal Pozzo. O treinador havia escalado Wallace Pernambucano isolado no ataque. Wallace pode ter importância no elenco. Mas, definitivamente, 2019 não foi o seu ano. A entrada de Jefferson Nem eu seu lugar deu mais dinâmica ofensiva. Além disso, o Náutico mudou a postura. Adiantou a marcação, valorizou a posse de bola. Jogou com o regulamento de forma mais inteligente. E, logo no primeiro ataque, empatou: cobrança de escanteio e Alvaro nem precisou subir. Testou e mandou para as redes.
Empate e silêncio no Maranhão. Mas o que me impressionou no Sampaio é que o time não desiste. Não se abateu. Foi para cima. Martelou. Mandou bola no travessão. Jogou pelas laterais, pelo meio, deu trabalho ao goleiro Jéferson. Até conseguir o segundo gol. Um belo gol, diga-se, marcado por Salatiel. O Sampaio viu a chance de garantir o título ser real. Naquele momento, o time maranhense voltou a ser melhor. Mas se abriu demais. Foi para o ataque como um faminto num prato de comida. Num contra-ataque, Matheus Carvalho fez o segundo do Náutico e “matou” o Sampaio.
Timba campeão!
Para finalizar o texto, os destaques finais. Incrível como foi importante aquela vitória do Náutico sobre o Santa Cruz. Para muitos, cumprimento de tabela, que virou questão de honra após a inflamação de Milton Mendes. O Náutico não só venceu bem como fez surgir peças importantes e decisivas: Álvaro, Matheus Carvalho e Jean Carlos. O Náutico evoluiu. Além disso, contou com o regresso de Jéferson. Que evolução. Saiu dos Aflitos inseguro e voltou gigante. Na final, foi um monstro. Duas defesas de pagar ingresso. E ainda contou com a trave.
Uma conquista que representa muito para a família alvirrubra.
Tem que celebrar!!!