O futebol pernambucano vive numa eterna gangorra “faz séculos”. De uma temporada para outra. E até mesmo na mesma competição. Náutico e Sport vivem esse momento. O Santa Cruz, nem tanto. Não mudou treinador, estava invicto até enfrentar o Vila Nova-GO, no último final de semana. Derrota por 1×0, com direito a gol de Emanuel Biancucchi, primo de Messi, pegou um chutaço de longo e acertou o ângulo.
O gol aconteceu aos 7 minutos do primeiro. Havia tempo de sobra para buscar a vitória, mas o Santa Cruz não conseguiu. Derrota que aconteceria mais cedo ou mais tarde. E se tinha que acontecer, bom que foi agora. Mas sobre o gol, uma observação. É verdade que foi na gaveta. Mas Biancucchi tava longe e mandou “chuveirando”. O goleiro Mycon Cleiton pulou atrasado. Não foi um chute direto, com efeito. Estava longe. Ou seja, defensável.
No Rio Grande do Sul, o Náutico também sofreu sua primeira derrota sob o comando do técnico Gilson Kleina. E assim como os tricolores, o seu goleiro também farrapou. Jéferson vem fazendo uma grande temporada. O volante Souza acertou um balaço de fora da área. A bola pegou efeito e o goleiro alvirrubro não conseguiu segurar. Não foi um peeeeeruuuu daqueles. Mas era defensável.
O Náutico não jogou mal. O time alvirrubro não se abalou com o gol sofrido. Mesmo com os seus laterais ainda não vivendo bom momento, o Timbu construiu boas oportunidades. Mas só empatou no inicio do segundo tempo. Quando tomaria gosto pelo jogo, cometeu pênalti, convertido por Poveda. O Náutico tem uma nova postura em campo. É ofensivo sem desorganizado. O ressurgimento de Paiva e o bom momento de Jean Carlos garantem a Kleina uma boa estabilidade ofensiva. Falta ajustar a defesa.
Na Ilha do Retiro, havia a expectativa para saber como Sport iria propor o jogo nessa nova fase, com Jair Ventura no comando da equipe. Nas das primeiras partidas, com a proposta de jogo para valorizar a defesa, o time teve um bom comportamento. E diante do Goiás, no domingo, eu gostei. Mais compactado e organizado do que os jogos anteriores na Ilha. Não é brilhante, mas o Sport está bem mais aplicado.
O primeiro tempo da partida foi chato. O Goiás foi à Ilha do Retiro com a pretensão de não deixar o Sport jogar. E o Leão teve a posse de bola, mas não conseguiu furar o bloqueio. Gostei da movimentação dos laterais. Patric e Juba estiveram bem. Assim como Marquinhos, que parecia incansável em campo.
Gol só no segundo tempo. Leandro Bácia fez valer a “lei do ex” contra o Goiás. Um lance em que pode ser um reflexo desse novo Sport. Bola quase saindo na linha de fundo e Bácia conseguiu esticar a perna e mandar na rede. Minutos depois, o Goiás empatou com gol contra de Elton. O atacante até vinha jogando bem. O Leão garantiu a vitória numa boa jogada de Patric, que cruzou e Marquinhos, outro destaque do Sport, desviou de cabeça. Vitória importante para encher de moral o time do Leão.