Depois de muita novela, Ilha do Retiro e Arruda liberados para os jogos decisivos. Uma novela que eu não consigo entender. Seja qual prisma se analise o fato, é algo absurdo. Diria até vergonhoso para um futebol que se orgulha da rivalidade entre os clubes da capital. Nada disso deveria estar acontecendo se houvesse o mínimo de organização.
Primeiro ponto que temos que se destacar, como bem lembrou o advogado Aílton Alfredo, o Campeonato Pernambucano começou e só depois que os clubes tiveram seus estádios interditados por não terem laudos para realizar jogos. Como pode? Não tem sentido algum. Outra coisa: Ilha do Retiro e Arruda interditados, enquanto o Antônio Inácio, em Caruaru, foi liberado para os jogos.
Mas independente da comparação com outros estádios, fica evidente o fato dos estádios precisando de sérios ajustes, modernização. E aí, vem a bronca: como fazer se ninguém tem dinheiro nos cofres? As obras acabam sendo paliativos e, na temporada seguinte, parece que já estou vendo: tudo se repetindo, polêmica, reclamações, estádios fechados e os torcedores impedidos de ver seu time em campo.
No entanto, tem algo ainda mais importante do que a necessidade de ter o dinheiro para as reformas vitais. E aí, eu incluo o Náutico, que mesmo tento passado por uma reforma recente, precisa de ajustes para evitar episódios de violência dos pseudos torcedores. A bronca está em aceitar a necessidade de mudanças e dar o primeiro passo. Como os clubes estão com dinheiro curto, o foco fica todo para o futebol, tipo: “montando um time forte, teremos chances de fazer uma boa campanha, ganhar títulos, trazer dinheiro e parceiros”. Parafraseando Roberto: “Tudo certo como 2 e 2 são 5”.
Sou a favor de um trabalho em conjunto. Que os clubes esqueçam um pouco a rivalidade e pensem em montar uma equipe de trabalho para trabalhar o desenvolvimento do futebol pernambucano.
Sigo sonhando….