O mundo do futebol gira mais rápido do que a Terra. O relógio desse esporte mágico torna mais tênue ainda a linha que separa o amor e o ódio.
Isso está mais do que evidente com a relação do torcedor do Sport. No início da temporada, a situação era braba. Ninguém estava satisfeito. A torcida reclamava mais do que apoiava. E com toda razão. O Leão apresentava um futebol pobre e sem perspectiva de melhora. O técnico Gustavo Florentin saiu. O Sport melhorou o seu posicionamento e, principalmente, seu comportamento. A torcida chegou junto.
O Rubro-negro pernambucano chega a final da Copa do Nordeste em igualdade de condições com o Fortaleza. Sim, o duelo é de igual para igual. Por mais que o Tricolor do Picí venha de um trabalho mais equilibrado, com um conjunto forte, cuja a base vem de bastante tempo e o comando de Juan Pablo Vojvoda, que arranca elogios da crônica esportiva brasileira. Mas a confiança que o Sport está demonstrando para essa decisão é algo que trouxe o torcedor para bem perto. Tanto que a expectativa é de quebra de recorde na Arena de Pernambuco. Mais de 42 mil ingressos foram vendidos.
O Sport chega na decisão com um futebol mais compacto e objetivo. Com a bola nos pés, o time mostra velocidade na conexão defesa e ataque, coisa que não se via na temporada. Isso se deve muito a solidez do sistema defensivo e evolução de Luciano Juba, ao pode de se transformar no principal jogador da equipe. Juba está em todas partes do campo. Ganhou mais liberdade com a solidez de William Oliveira na proteção de zaga, que já mostra entrosamento com Sabino e Thyere. Além disso, tem o encontro de Javier Búfalo Parraguez com as redes. Enfim, a engrenagem está funcionando.
É bom repetir para ficar gravado: a evolução do Sport é quanto a atitude e motivação. O elenco praticamente é o mesmo e, portanto, precisa melhorar para a Série B. Mas o foco do momento é o Nordestão. E o Leão pode ser campeão pela quarta vez.