Crédito da Foto: Ricardo Chicarelli/LEC
O Náutico queria pegar o embalo da classificação à final do Campeonato Pernambucano para quebrar o tabu de nunca ter vencido o Londrina no estádio do Café. Ficou só na vontade. O Timbu repetiu más jornadas de outras partidas na temporada e foi derrotado por 2×0, na estreia das duas equipes na Série B. Mantido o tabu e a preocupação da torcida em relação à qualidade técnica da equipe.
Não é apenas o revés que incomoda. A bronca maior é falta de força da equipe alvirrubra. Nos primeiros minutos, o Náutico conseguiu avançar suas linhas ofensivas, mas rondar a área adversária. Porém, sem oferecer trabalho ao goleiro do Londrina. Por outro lado, o time da casa, nas poucas vezes que foi à frente, arriscou chutes que fez o goleiro Lucas Perri trabalhar. Três defesas importantes que já o fez ser destaque do time naquele momento.
Com a precisão no arremate, os jogadores do Londrina ganharam confiança. E no quarto chute, Jhonny Lucas estufou as redes, após um belo chute, sem chances para Perry. O lance que originou o gol saiu de um arremesso de lateral para os donos da casa em que a defesa do Timbu dormiu. Cinco minutos depois, Gabriel Santos, de cabeça, ampliou. O que estava ruim para o Timbu, piorou com a desvantagem no placar.
O Náutico foi uma equipe inerte em campo. Apresenta marcação frouxa, troca de passe lenta, criatividade inexistente e um ataque inoperante, já que a bola não chega lá na frente nem por decreto. Logo no começo da segunda etapa, o técnico Felipe Conceição, que já sente as batatas assando, saca Jean Carlos e faz barulho entre os torcedores. No duelo deste domingo, Flávio colocou Eduardo no lugar do meia.
De fato, Jean Carlos jogou mal. Sua participação foi pobre. Lento e sem criatividade, foi difícil ver o Timbu agredir o Londrina. Mas o meia tem um trunfo importante que poderia ajudar a mudar história da partida: o chute de fora da área, as cobranças de faltas. Mas o técnico não quis esperar que uma oportunidade surgisse para sacar o ídolo da torcida, que sempre espera um gol dos seus pés.
Para piorar a situação para Felipe Conceição, o Náutico não evoluiu com a mudança. Pelo contrário, o que se viu foi o Londrina mais perto do terceiro gol. Aliás, o time da casa teve várias oportunidades claras, mas que foram incrivelmente desperdiçadas. O Náutico só chegou a ter volume de jogo ofensivo nos minutos finais, quando o Londrina recuou para segurar o resultado, dando espaço para o Timbu construir as jogadas, que mesmo assim, sequer diminuiu o placar.