Ao final da partida contra o Novorizontino, nos Aflitos, o meia Jean Carlos foi procurado por todos os veículos de imprensa. Os olhos marejados, a voz embargada e palavras em tom de despedida. No Náutico há quatro temporadas e com status de ídolo, o jogador está a mira do futebol iraniano. No entanto, nada pareceu concreto. Pelo menos até agora. E, mesmo assim, o clima era de que o meia estava mesmo fazendo sua última partida pelo Timbu.
No entanto, os dias se passaram.. Nada foi concretizado. Jean Carlos foi escalado para o duelo contra o Grêmio. Ao contrário da partida contra os paulistas, o meia esteve apagado. O Náutico a mesma coisa. E o time gaúcho venceu fácil, por 2×0. Dividido entre dois mundos, entre o presente de cobrança por um bom futebol e levar o Timbu à Série A, um futuro que não inexistente no futebol do exterior.
Já faz um tempo que Jean Carlos dá sinais de desgaste. O que é natural de um jogador que só brilhou intensamente no Náutico e o time sempre precisa do seu futebol para vencer os adversários. Quando se está bem, aplausos. Quando o time vai mal, as críticas caem em suas costas. Em alguns momentos, mostra que precisa respirar novos ares. E ao mesmo tempo, motivação para levar o Náutico à vitórias.
Nesse mar de indefinições, o técnico Roberto Fernandes quer que a diretoria defina o rumo do seu principal jogador: fica ou sai? O treinador que Jean Carlos 100% do Náutico. E o meio, esteja onde estiver, precisa ser 100% no que se propõe a fazer.