Foto: Bela Azoubel/Amor à camisa
Recife já vive o clima da final da Copa do Nordeste. Sport e Ceará se enfrentam na próxima quarta-feira, na Ilha do Retiro, e o time cearense tem o empate a seu favor. Afinal, no primeiro confronto, venceu o Leão pernambucano, por 2×1. Mas o duelo está em aberto. Jogando em casa, o Sport tem um excelente desempenho e tem time para virar o jogo. No final de semana, o Leão, enfim, estreou na Série B. Mandou a campo um time reserva, que arrancou empate em 0x0, contra o Novorizontino, em São Paulo. Já o Ceará venceu o ABC, por 2×1, fora de casa.
Mas o foco das duas equipes está mesmo na decisão. E não poderia ser diferente. É título, amigos. Vale mais dinheiro. Uma valorização imensa para o currículo de cada atleta, mais uma taça para museu do clube vencedor. No entanto, alguns fatos dos últimos dias criam uma atmosfera diferenciada para essa decisão. A primeira foi a rapidez que os ingressos para a partida foram vendidos. Questão de horas. Impressionante.
As vendas aconteceram apenas online. Acho maravilhoso essa comodidade e agilidade. Mas acredito também que poderia ter a opção da venda no local. Seria uma opção para aqueles torcedores que têm dificuldades a acessarem a internet. Mas a diretoria não viu assim e muita gente que eu conheço não vai ao estádio, pois tiveram problemas de acesso.
A outra situação está na questão das torcidas organizadas. Existe no Estado a proibição do acesso de instrumentos musicais nos estádios. Agora, foi a vez do Ceará acionar a Justiça e garantir o direito sua organizada entrar na Ilha com charangas. Nunca vi uma decisão tão frágil. E digo mais: é uma proibição que soa só para dar uma justificativa para a sociedade. Como se dissessem: olha, estamos fazendo algo para coibir a violência. Mas aqui só se faz proibir como solução. Uma pena.
Tudo sendo levado com a barriga. Tudo paliativo e nada de ação mais estratégica para garantir segurança ao torcedor sem tirar o brilho do futebol.