Nem adianta falar muito sobre o que acontece no Santa Cruz na temporada. É clichê. É chover no molhado. Há décadas que a história se repete. O clube coral afundado em uma crise que parece não acabar nunca. Na verdade, virou realidade na mente das pessoas que fazem o clube. Basta ver o que o diretor Zé Teodoro já falou, um dia desses, sobre o que é o Santa Cruz. Ao saber que os jogadores estavam se queixando salários atrasados, Teodoro declarou que no Santa Cruz tudo é difícil e quem não aguentar vá procurar emprego…
No domingo, o Santa Cruz precisava vencer o Iguatu e torcer por uma combinação de resultados. Deu tudo certo na combinação. Mas o Tricolor não fez o seu papel. E como faria diante de uma atmosfera tão derrotista. O coitadismo impera no Santa Cruz. Como se não bastasse a crise política que faz o clube ficar à deriva, a mentalidade dos dirigentes é que o clube precisa viver nas migalhas, contando com ajuda de quem pode ajudar. Era assim numa eventualidade. Agora, é como realidade.
O Santa Cruz ser eliminado da Série D e praticamente não tendo calendário definido para o segundo semestre do ano que vem não é fruto do que acontece dentro de campo. O futebol que se joga pelo time coral é reflexo da bagunça fora dele. Dirigentes que não têm um plano a longo prazo, que trabalha com imediatismo, com vaidade (o que resulta em brigas, desentendimentos) e vê o clube sobrevivendo de favor. Difícil encontrar avanço no clube quando se pensa nele de forma provinciana.
Não adianta falar muito do Santa Cruz. É momento de silêncio. Avaliação. E, depois, ação. Mas com novos pensamentos. Oxigenar é preciso.
Urgente!