Foto: Ricardo Fernandes/Spia Photo
Como os jogadores e dirigentes do Náutico reagiram após perder o bicampeonato para o Sport, no último domingo, da forma como foi e às vésperas da estreia na Série C do Campeonato Brasileiro? O Timbu faz sua primeira partida na competição nacional contra o ABC-RN, dia 28, fora de casa. E o que os dirigentes estão fazendo é blindar o elenco e a comissão técnica em torno da polêmica da arbitragem. Afinal, ninguém quer saber de ficar na Terceirona mais um ano.
“Quando os jogadores entraram no vestiários, após o jogo, eu conversei com eles e o técnico Márcio Goiano. E disse: vão trabalhar, treinar. Quem vai brigar no extracampo sou eu”, revelou o vice presidente do Timbu, Diógenes Braga. O dirigente mostrou realmente que ia para briga logo após o clássico, ainda no gramado, quando desabafou sua revolta em relação à arbitragem nos jogos finais do Pernambucano.
Em entrevista ao repórter Leonardo Boris, da Rádio Transamérica, Braga chegou a dizer que o Náutico estava lutando contra o sistema. E que seria impossível vencer o sistema. Não querendo mais se expor, muito menos se desgastar, o dirigente se limitou a explicar. “Eu não acredito em coincidências. É inaceitável que os erros nas finais do Estadual envolvam os mesmos personagens e favoreçam o mesmo time”, reforçou.
De olho na Série C, Diógenes Braga sabe que o Náutico precisa contratar reforços. Sabe que o Timbu precisa de peças de reposição. Mas nada de pressa pelas bandas dos Aflitos. “Nossos jogadores fizeram um bom Estadual e Nordestão. Têm mercado para a Série B. Não é fácil contratar nesse momento. Então, vamos esperar um pouco, esperar o mercado esfriar para contratar. Mas vou logo adiantando: serão contratações pontuais”, diz.
Contratações pontuais é um bom sinal. Mostra que o grupo está quase fechado e que o desempenho agradou a todos. Mas o que é mais importante no Náutico vem demonstrando consciência das suas características e até onde pode render em campo. Essa consciência é sua maior força.