Empate do Santa Cruz contra o Treze teve até invasão de cachorro/ Foto: Ricardo Fernandes Spia Photos
Já está na hora da diretoria do Santa Cruz colocar um aviso importante na entrada do estádio do Arruda: “Aqui, só com emoção!”. Ou: “Contra indicado para quem não suporta emoções fortes”. Os jogos do Tricolor está uma dose de adrenalina a mais para os tricolores. Foi assim contra o CRB, pelo Nordestão, diante do Fluminense, pela Copa do Brasil, e, nesta noite, diante do Treze, na estreia da Série C. Após estas perdendo por 2×0, o Santa Cruz conseguiu nos acréscimo arrancar o empate em 2×2. Mau resultado para quem joga em casa, mas ótimo pelas circunstâncias.
É claro que o torcedor coral terminou a partida saboreando o empate como se fosse a vitória. Mas o Santa Cruz não entrou bem no jogo. E credito muito a isso pela falta de atitude do elenco. Leston Júnior praticamente repetiu a escalação da última partida. Só fez uma mudança porque foi obrigado: Dudu foi vetado. Jô entrou em seu lugar. E não correspondeu. Assim como não correspondeu outras peças do elenco, especialmente no meio de campo, que apresentou erros na troca de passe e na marcação.
O Treze abriu o placar logo aos 4 minutos, num golaço de Gil. O baixinho limpou a jogada e bateu de curva, sem chances para Anderson, que ainda foi na bola e não alcançou. O Santa Cruz fez o que se esperava: lançou-se ao ataque. Mas não mostrou a menor organização para isso. Então, o Treze foi melhor na base do contra-ataque. Com facilidade, o time paraibano foi criando chances e mais chances. E só aproveitou uma com Patrick Silva. A situação estava tão braba que o técnico Leston Júnior se viu obrigado a mudar o time ainda no primeiro tempo: Jô saiu sob vaias para a entrada de Guilherme Queiroz.
No segundo tempo, quem mudou de atitude foi o Treze. O time paraibano reduziu o ritmo. Mesmo assim teve a melhor chance para estufar as redes corais pela terceira vez e sacramentar a vitória. Marcelinho Paraíba passou por Anderson e tocou rasteiro. A bola foi fraca e Willian Alves evitou aquele gol que certamente sacramentaria a derrota coral. Os paraibanos pareciam que se sentiam vencedores antes da partida acabar. O castigo apareceu rapidinho. O lateral Marcos Martins, que vinha fazendo sua pior partida pelo Sana Cruz, cruzou e acertou a cabeça de Neto Costa, que havia entrado no lugar de Augusto. Depois, Martins outra vez mandou na cabeça de outro atacante Guilherme Queiroz.
Claro que o torcedor que foi ao Arruda saiu aliviado e satisfeito com mais uma reação do time. Mas o Santa Cruz joga muito mais do que jogou contra o Treze. E que não pode acordar nos jogos quando já está no seu final. O Tricolor precisa de reforços. Isso é claro, bem claro. No entanto, também é preciso manter uma atitude de quem quer vencer do início ao final da partida.