Foto: Reprodução Instagram / Liverpoolfc
Por Daniel Schvartz
Mais uma vez, Liverpool e Barcelona protagonizaram um jogo fora do comum. Se no primeiro confronto, no Camp Nou, os Catalãs depositaram (como em toda a temporada) as suas esperanças em Messi e ele resolveu, os torcedores dos Reds apostaram na força do coletivo e do Anfield.
Assim como eu, muitos se decepcionaram com um placar tão extenso construído pelo Barcelona. Não que não merecessem. Mas, o Liverpool já havia demonstrado que era mais equipe. Criou diversas oportunidades e não conseguiu converter. Algumas, inclusive, com os craques Salah e Mané. Futebol é competência. O Barça aproveitou suas chances e criou a vantagem.
Para o jogo da volta, muitos não acreditavam em uma possível reviravolta por parte dos ingleses. Além do placar, os Reds não contariam com Salah e Firmino. Além disso, do outro lado tinha um adversário cascudo, acostumado com decisões e com um jogador que comandou no primeiro jogo. Nem por isso Jorgen Klopp mudou o estilo de jogar dos seus comandados. Pelo contrário, o time foi ainda melhor defensivamente do que no primeiro confronto, mesmo com a necessidade de atacar.
Messi teve um acompanhamento mais próximo por parte do meio campo do Liverpool. Fabinho, diga-se de passagem, fez uma partida impecável. Não só na marcação, mas conduzindo também a saída de bola da equipe. Para completar, Klopp ainda contou com os heróis improváveis. Origi fez o primeiro e o último gol. Enquanto Wijnaldum, que havia jogado o primeiro jogo improvisado de centroavante e nem tocou na bola, entrou no segundo tempo e marcou dois gols em 3 minutos.
O que o Liverpool fez não foi por acaso. Jogou o fino da bola, assim como fez em toda a competição. Marcou em cima na saída do adversário. Forçou o erro deles. A vítima principal, desta vez, foi o lateral Jordi Alba, que falhou em duas oportunidades que resultaram em gols dos Reds.
Pela segunda temporada seguida, o Liverpool está na final da Champions League. Klopp deixou clara a essência do futebol. O time precisa ser equilibrado. O jogo coletivo é determinante. É preciso jogar com os onze, não depender de um. No jogo onde a justiça não costuma se sobressair, o merecimento se torna o caminho para conquistá-la.