Foto: Ricardo Fernandes/Spia Photo
Ok, o Náutico segue sem perder sob o comando do técnico Gilmar Dal Pozzo. Mas os dois últimos resultados do time alvirrubro não está agradando a torcida alvirrubra. E com toda razão. Contra o Confiança, o time fez um bom primeiro tempo, recuou, sofreu o empate e poderia ter saído de campo com a derrota. Neste sábado, cenas semelhantes contra o Globo e um empate em 2×2. Aquela empolgação de um início de trabalho arrefeceu. E, sinceramente, o treinador já precisa olhar o Timbu com outros olhos.
O empate diante do Globo dói mais ainda no torcedor pelas circunstâncias. Jogando em casa e ainda buscando o equilíbrio na competição, o Náutico não pode perder pontos quando o resultado já está nas mãos. O Timbu fez o que se esperava no primeiro tempo. Saída para o ataque em velocidade. O Globo, atordoado, não conseguiu segurar o Timbu e muito menos ter a posse de bola. Seria questão de tempo ver o Náutico construir o placar. E fez 2×0, com Tiago e Assis.
A construção do resultado diante de um adversário limitado tecnicamente deu ao Náutico aquele comodismo perigoso. Ficou claro também que o time precisa de reforços. No intervalo do jogo, Dal Pozzo colocou Hereda e Jorge Henrique em campo. E não surtiu efeito. Jorge Henrique, inclusive, estava voltando ao time depois de um longo tempo no departamento médico. E só jogou 25 minutos. Saiu de campo machucado. Tá braba a situação para o meia e pior para o Náutico que investiu alto na sua contratação.
Mas quem não teve nada com isso foi Negueba. Foram dos seus pés que o Globo conseguiu arrancar o empate. Primeiro, ele entrou na área e bateu entre o goleiro Bruno e a trave. Bruno, aliás… tá numa fase complicada. Anda desatento, sem reflexo. Enfim, não está bem. E para mim, falhou nesse gol. No segundo gol, aproveitou bom lançamento, invadiu a área e bateu na saída de Bruno. Nesse lance, a defesa dormiu agia como se a partida já houvesse acabado. Quando acordou para realidade, Negueba já estava comemorando o empate.
Um empate que o torcedor quer esquecer. Mas que o Náutico precisa tê-lo como referência. O time precisa de reforços. Para chegar à Série B, o Timbu terá várias guerras. Entrar e permanecer no G-4 é a primeira delas. E vem o mata-mata que já uma guerra completamente diferente. O Náutico tem fôlego para tudo isso? O Timbu errou muito nas contratações. E precisa de mais jogadores com bagagem para ajudar a garotada. Já passou o tempo de avaliações no elenco.