Instagram do Bragantino/@bragantino_oficial
A Série B deste ano me faz lembrar o Campeonato Brasileiro do início dos anos 90. Culpa do Bragantino, que faz boa campanha na competição. Para quem não é da minha geração, certamente, não vai entender bem o link do tempo que fiz. Pois bem, em 1989, o Bragantino, sob o comando de Vanderlei Luxemburgo, foi campeão da Série B. No ano seguinte, foi campeão paulista, numa final caipira contra o Novo Horizontino (treinador por Nelsinho Batista) e, foi à final do Brasileirão (já sob o comando de Carlos Alberto Parreira), perdendo a decisão para o São Paulo, de Telê Santana.
Depois desse momento, que durou até 1994, o Bragantino sumiu. O que lamentei bastante: via aquele time do interior como um exemplo. Na época, não entendia bem a evolução. O fato do Braga ser a sensação do futebol brasileiro. Mas tinha a família Chedid por trás. O poder era tanto que até o nome do estádio mudaram: antes era Marcelo Stefani, depois passou a ser Nabi Abi Chedid, como é conhecido até hoje.
Mas o tempo passou e o Braga voltou com tudo. Dessa vez, não é uma família que tá assumindo o poder e sim uma empresa: a Red Bull. No campeonato paulista, a empresa geria uma empresa do mesmo nome. E fez uma bela campanha. Aí, veio Campeonato Brasileiro e a empresa resolveu abraçar o Bragantino. Está liderando a Série B com um futebol muito equilibrado. Sem estrelas, é o time que mais venceu e tem o melhor ataque.
O extra-campo diz muito: os gestores estão pagando em dia. Além disso, uma senhora premiação para os atletas. Cada ponto conquistado, vale R$ 1 mil. E recebem no dia seguinte aos jogos. O organização do clube tem sido o motor da campanha. Os atletas estão trabalhando com o foco voltado na classificação. Se vai conseguir, eu não sei. Mas a tendência, pelo clima criado nos bastidores do Braga, é que tenhamos mais um time do interior paulista na elite do futebol nacional.