Aos 11 minutos do segundo tempo, o Sport tem um um pênalti a seu favor. Hyuri foi para bola e bateu mascado, bisonhamente, para fora. Aos 33, Leandrinho e Pedro Carmona estão na área do Oeste, sozinhos, de cara para o gol. Uma ao lado do do outro! Um puxa o outro. Um deles cai e chance de gol perdida. Diante do Oeste, fora de casa, lances assim representam o Sport, que acumulou o 11º empate na Série B. E o técnico Guto Ferreira celebra a permanência no G-4.
Claro que é importante permanecer entre os quatro primeiros da Série B. É o grupo da classificação. Mas podem acreditar: nove entre os dez rubro-negros que conheço não estão nem um pouco satisfeitos com o futebol do time. A impressão que se tem é que o Sport não se entrega 100% nos jogos. Fora de casa, joga na maciota. Sem acreditar que pode superar o adversário. E em casa, afora a partida contra o Atlético-GO, começa a bem e depois perde o foco.
É curioso fazer críticas ao time do Sport, mesmo sendo a equipe que menos perdeu na Série B, invicta em casa e estando no G-4. Mas dá para entender: numa competição de nível técnico baixo, o elenco formado pelo Leão poderia estar em melhor situação, jogando um futebol mais envolvente, competitivo. Mas não se vê isso na Ilha do Retiro. O futebol é meia-boca, que se contenta com empates.
Na próxima rodada, o Sport volta a jogar em casa. E precisando vencer para seguir no G-4. Diante da sua torcida, poderia ser apontado como favorito. Mas nem na Ilha o Leão mostra um futebol empolgante. E para completar, a partida será contra o líder Bragantino. Dá para acreditar? Se entrar em campo disposto a colocar todo seu potencial em campo e jogar em sinergia com a torcida (que tem feito o seu papel), claro que dá. Mas o futebol apático das últimas partidas…? Ai, já complica.