A página ainda não foi virada para muitos alvirrubros. Ainda anestesiados com o feito do último domingo. O acesso à Série B na passe do milagre, com muitas doses de adrenalina. A polêmica do pênalti que garantiu o gol de empate ao Náutico diante do Paysandu ainda rende. Nas redes sociais, os alvirrubros ainda mostram o lance para comprovar que não foi erro de Leandro Vuaden.
Se errou ou não, já era. Não tem como anular o jogo, como queriam os dirigentes do Papão. Então, não precisa provar mais nada. Para mim, Vuaden errou. Mas isso não cabe mais agora. Passou. O que vejo para o Náutico é manter a pegada para ser campeão. Se passar pelo Juventude, tem tudo para ficar com a taça. Seria importante demais essa taça, especialmente nesse momento de evolução alvirrubra.
Em pouco tempo, o Náutico conseguiu um título estadual, no ano passado, voltou para os Aflitos e, agora, o acesso à Série B. O número de sócio subiu para os 15 mil. Feitos inimagináveis para quem estava na Série C e chegou a não ter estádio. Ou tem alguém esquecido como estava os Aflitos quando o Náutico só jogava na Arena de Pernambuco.
O Timbu resgatou mais uma vez sua auto estima. Então, o desafio é fazer uma progressão. É aproveitar o embalo. Deixar de lado a vaidade e pensar no clube, na sua evolução. Trazer os grandes alvirrubros que querem colaborar, pensar grande, sem tirar os pés no chão. Sonhar com o clube na Série A e se mantendo por lá por muito tempo. Não é delírio. É sonho. E tem que começar de agora.