O 0 x 0 contra o Vila Nova, na tarde deste domingo, foi o 16º do Sport no Campeonato Brasileiro da Série B. Acredito que esse tenha sido o empate mais lamentado pelo torcedor rubro-negro. Era vencer e o Leão estaria na Série A. A torcida lotou a Ilha do Retiro no sentido de fazer uma grande festa após a partida. Acabou vendo um time ansioso e sem capricho para finalizar.
O duelo começou como era esperado. Embalado por sua torcida, o Sport foi para cima do Vila Nova, sem dó e nem piedade. Os 15 primeiros minutos foram daqueles que o time goiano não respirou. Mas o time do técnico Itamar Schulle já sabia que passaria por esse sufoco. Aos poucos, o Vila ajustou a marcação no meio campo. Os três volantes passaram a neutralizar melhor as jogadas do Sport. E o que se viu nos minutos seguintes foi uma partida de toques rápidos, mas de pouca produtividade. O Sport passou a mostrar um futebol nervoso, sem objetividade.
Para o segundo tempo, Guto Ferreira sacou Marquinho (que, aliás, não jogou nada) e colocou Yan. O time ganhou mais velocidade. Segurou mais a bola na frente. O Sport voltou a ser dono do jogo. Teve volume de jogo, usando as duas laterais. Os volantes William Farias e Charles estiveram bem. Mas o time sentiu falta de duas peças importante: Leandrinho e Hernanes. Especeialmente o Broca. Como vive uma boa fase, ousa a se movimentar mais pelo meio e arriscar chutes de fora da área. Elton, seu substituto, sinceramente, parece não ter convicção do que está fazendo no time.
Aliás, o que faltou ao Sport foi tranquilidade para vencer. Na medida em que o tempo passava, mais os rubro-negros ficavam nervosos e as jogadas não fluiam. Nos minutos finais, o Sport correu sérios riscos: se lançou ao ataque e deixou a defesa exposta. O Vila teve muitas oportunidades de encaixar contra-ataques. A maioria desperdiçou. E os que deram certos, esbarravam na defesa ou no goleiro Luan Polli.
Desta vez, não podemos dizer que faltou ao Sport mais raça, um ritmo mais forte. Pelo contrário, o Leão pressionou e lutou até o final. Faltou tranquilidade para garantir a vitória. A ansiedade atrapalhou bastante. E agora, não tem mais que chorrar a lágrima derramada. O Sport pega a Ponte precisando de empate. Mas o empate é o que os jogadores não devem pensar. Para não correr mais riscos do que já tá correndo.